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Futuros de ouro, prata e cobre - Projeção semanal: 15 a 19 de agosto

Publicado 14.08.2016, 07:26
Futuros de ouro registram semana de perdas
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Investing.com - Os preços do ouro encerraram a sessão de sexta-feira no vermelho, após terem ficado grande parte do dia em território positivo, uma vez que uma série de dados econômicos decepcionantes nos EUA diminuiu a probabilidade para uma alta da taxa de juros por parte do Banco Central dos EUA (Fed) nos próximos meses.

Os futuros de ouro com vencimento em dezembro na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) atingiram uma alta diária de US$ 1.362,50 por onça-troy, antes de serem negociados a US$ 1.343,20 no fechamento do pregão, uma queda de US$ 6,80 ou 0,5%.

De acordo com o Departamento do Comércio, as vendas no varejo dos EUA ficaram estáveis em julho, decepcionando as projeções para um aumento de 0,4% e abaixo do crescimento de 0,8% no mês anterior.

Enquanto isso, a leitura do índice de preços ao produtor para julho mostrou uma queda de 0,4%, a maior queda desde setembro de 2015 e confundindo as expectativas para um ganho de 0,1%.

Outros dados divulgados sexta-feira incluíram os estoques empresariais, que subiram mais que o esperado em junho, e o sentimento do consumidor para agosto, o qual ficou abaixo das expectativas.

Os dados pessimistas levaram os investidores a diminuir as expectativas quanto ao próximo aumento das taxas nos EUA. Os futuros de fundos do Fed estão apostando atualmente em uma probabilidade de apenas 9% de um aumento das taxas em setembro. A probabilidade para dezembro ficou em torno de 45%.

O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas mundiais, operou em baixa de mais de uma semana de 95,19 após dados decepcionantes. O índice ficou em 95,68 na sexta-feira, uma queda de quase 0,25% para o dia.

Na semana, o ouro recuou US$ 1,20, ou 0,08%, uma vez que participantes do mercado continuaram especulando sobre o momento da próxima alta das taxas nos EUA.

O metal amarelo atingiu uma alta de mais de dois anos de US$ 1.370 no início deste mês, antes de ficar sob pressão após o forte relatório de emprego dos EUA ter reanimado a especulação de um aumento das taxas de juros nos próximos meses. Mas essas esperanças foram frustradas após a divulgação de uma série recente de dados fracos.

O ouro é sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, o que aumenta o custo de oportunidade de detenção de ativos de baixo rendimento como metais preciosos. Um aumento gradual das taxas é visto como uma ameaça menor para os preços do ouro do que uma série rápida de aumentos.

No ano, os preços do metal subiram quase 26%, estimulados pelas preocupações com o crescimento mundial e expectativas para estímulo monetário.

Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro caíram 31,7 centavos, ou 1,58%, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 19,70 por onça-troy. Na semana, a prata perdeu 11,5 centavos, ou 0,55%.

Enquanto isso, nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro recuou 5,1 centavos, ou 2,33%, para US$ 2,140 por libra na sexta-feira, após ter sido negociado em uma baixa da sessão de US$ 2,135, um nível não visto desde 8 de julho.

Na semana, os preços do cobre negociados em Nova York recuaram 1,4 centavos, ou 0,64%, a terceira semana consecutiva de perdas em uma semana, em meio a preocupações recorrentes com a força da economia da China.

Os dados divulgados sexta-feira mostraram que a produção industrial chinesa ganhou 6,0% em julho, abaixo das expectativas para 6,1%, os investimentos em ativos fixos subiram 8,1%, não correspondendo às projeções para 8,8%, ao passo que as vendas no varejo aumentaram 10,2%, um pouco pior do que as projeções dos analistas de 10,5%.

A nação asiática é a maior consumidora de cobre do mundo, respondendo por quase 45% do consumo mundial.

Nesta semana, os participantes do mercado estarão prestando atenção à ata da reunião de política do Banco Central dos EUA (Fed) referente ao mês de julho na quarta-feira para novas pistas sobre o momento da próxima alta de taxas nos EUA.

Os dados sobre a inflação dos EUA também estarão em foco, uma vez que os investidores tentam avaliar se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir a um aumento dos custos de empréstimos nos próximos meses.

Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.

Segunda-feira, 15 de agosto

O Japão deve divulgar dados preliminares sobre o crescimento econômico do segundo trimestre.

Os mercados financeiros da Itália estarão fechados em virtude de um feriado nacional.

Os EUA devem divulgar um relatório sobre a atividade manufatureira na região de Nova York.

Terça-feira, 16 de agosto

O Banco Central da Austrália (RBA) deve publicar a ata da sua última reunião de política monetária, para dar aos investidores uma visão sobre como as autoridades veem a economia e as suas opções políticas.

O Reino Unido deve produzir dados sobre os preços ao consumidor.

Na zona euro, o Instituto ZEW deve divulgar relatórios sobre o sentimento econômico na Alemanha.

Os EUA devem divulgar um relatório sobre os alvarás de construção, os preços ao consumidor e a produção industrial.

Quarta-feira, 17 de agosto

A Nova Zelândia deve divulgar seu relatório de emprego trimestral.

Mais tarde, o Reino Unido devem divulgar o relatório mensal sobre emprego.

O Banco Central dos EUA (Fed) deve publicar a ata de sua reunião de política monetária mais recente.

Quinta-feira, 18 de agosto

A Austrália deve publicar seu relatório mensal de emprego.

O Reino Unido deve publicar um relatório sobre as vendas no varejo.

A zona do euro deve produzir dados revisados sobre a inflação ao consumidor.

O Banco Central Europeu deve publicar sua ata da reunião de política monetária.

Os EUA devem divulgar relatórios sobre os pedidos de seguro-desemprego e a atividade industrial na região da Filadélfia.

Sexta-feira, 19 de agosto

O Reino Unido deve publicar um relatório sobre o financiamento do setor público.

O Canadá deve resumir a semana com relatórios sobre vendas no varejo e inflação ao consumidor.

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