Investing.com – Os futuros de petróleo encerraram a sessão de sexta-feira com pouca alteração, uma vez que a continuação das negociações da Grécia e do Irã bem como as preocupações com a China permaneceram em foco.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em setembro subiram 12 centavos, ou 0,2%, sendo negociados a US$ 59,00 por barril, após ter atingido uma baixa de três meses de US$ 55,09 em 7 de julho. Na semana, os futuros de petróleo Brent negociados em Londres perderam US$ 1,27, ou 2,64%, a segunda perda semanal consecutiva.
O sentimento do mercado ficou apoiado, em meio ao otimismo renovado de que a Grécia chegaria a um acordo sobre um novo resgate com seus credores, permitindo que o país permanecesse na zona euro.
As esperanças de um avanço foram impulsionadas, após a Grécia ter apresentado novas propostas sobre cortes no orçamento e reformas econômicas antes de uma reunião do Eurogrupo dos ministros das finanças, no sábado.
A incapacidade de alcançar um acordo neste fim de semana aumentaria significativamente a probabilidade de a Grécia entrar em falência e deixar a união da moeda única.
Os traders de petróleo também estavam aguardando as negociações nucleares entre o Ocidente e o Irã, que poderia injetar milhões de barris de petróleo bruto no mercado mundial que já apresenta excesso de oferta.
O Teerã quer dobrar exportações de petróleo para mais de dois milhões de barris por dia, se um acordo for alcançado e as sanções forem suspensas, de acordo com uma importante autoridade iraniana.
Enquanto isso, os investidores monitoravam os voláteis movimentos nos mercados de ações da China. Os mercados de ações na China operaram em forte queda nas últimas três semanas, obrigando os legisladores a intervir nesta semana e fornecer medidas para aumentar a liquidez e acalmar os investidores.
Os participantes do mercado estão preocupados com que a queda no mercado de ações se espalhe para outras partes da economia, provocando temores de que a demanda da nação pelo petróleo caia.
A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo norte-americano com vencimento em agosto caiu 4 centavos, ou 0,08%, encerrando a semana em US$ 52,74 por barril. Os preços da Nymex atingiram uma baixa de três meses de US$ 50,58 em 7 de julho.
Na semana, os futuros de petróleo negociados em Nova York caíram US$ 3,68, ou 7,36%, a quarta perda semanal consecutiva, uma vez que as preocupações com a elevada produção nacional de petróleo nos EUA pesaram.
O grupo de pesquisa industrial, Baker Hughes (NYSE:BHI), disse na sexta-feira que o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA subiu aproximadamente 7 na semana passada, para 645, marcando a segunda semana consecutiva de ganhos após 29 semanas de quedas.
Na sexta-feira, a Agência Internacional de Energia previu uma demanda mundial de petróleo mais fraca no próximo ano e advertiu que os preços devem sofrer ainda mais pressão devido a um crescente excesso de petróleo.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da OPEP no ano passado de não cortar a produção.
Por outro lado, o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto ficaram em US$ 6,26 por barril no fechamento das negociações de sexta-feira.
Nesta semana, os desenvolvimentos na Grécia provavelmente continuem dominando o sentimento, após as negociações entre os ministros das Finanças da zona euro sobre um terceiro resgate para a Grécia terem terminado sem um acordo no sábado.
A China deve divulgar dados sobre crescimento no segundo trimestre, ao passo que as declarações de política monetária por parte do Banco Central Europeu e os bancos centrais do Japão e do Canadá também estarão em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 13 de julho
O Eurogrupo dos ministros das Finanças da zona do euro deve realizar reuniões sobre o resgate da Grécia em Bruxelas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo publicará a sua avaliação mensal dos mercados de petróleo.
Terça-feira, 14 de julho
Os EUA devem divulgar dados sobre as vendas no varejo e os preços de importação, ao passo que o American Petroleum Institute (API), um grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre o abastecimento de petróleo.
Quarta-feira, 15 de julho
A China deve divulgar dados atentamente observados sobre o crescimento econômico do segundo trimestre e dados sobre a produção industrial e investimento em ativos fixos.
O Banco da Japão deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
Os EUA devem publicar dados sobre a produção industrial e atividade manufatureira na região de Nova York. O país também deve publicar o relatório semanal do governo sobre as reservas de petróleo.
A presidente do Fed, Janet Yellen, deve dar sua declaração sobre o relatório semestral de política monetária do banco perante o Comitê de Serviços Financeiros do Senado, em Washington.
O Banco do Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa. O anúncio deve ser seguido por uma coletiva de imprensa para discutir a decisão de política monetária.
Quinta-feira, 16 de julho
O BCE deve anunciar sua decisão sobre a política monetária. O anúncio da taxa deve ser seguido por uma coletiva de imprensa após a reunião com o presidente do banco, Mario Draghi.
A presidente do Banco Central dos EUA, Janet Yellen, deve dar sua declaração sobre o relatório semestral de política monetária do banco perante o Comitê Bancário do Senado dos EUA, em Washington.
Ao mesmo tempo, os EUA devem divulgar dados sobre a atividade manufatureira na região de Filadélfia.
Sexta-feira, 17 de julho
Os EUA devem divulgar relatórios sobre a inflação ao consumidor, alvarás de construção, construção de imóveis novos e sentimento do consumidor para resumir a semana.