Rio de Janeiro, 31 ago (EFE).- A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) proibiu hoje a importação e a venda no Brasil do
cigarro eletrônico, um dispositivo desenvolvido para ajudar os
fumantes a abandonar o vício, mas que aparentemente tem substâncias
nocivas.
A proibição do produto foi publicada nesta segunda-feira no
Diário Oficial da União.
A Anvisa disse ter levado em conta em sua decisão a falta de
comprovação científica sobre a eficiência e a segurança do produto.
Até agora, o cigarro eletrônico não tinha sido registrado nem
oferecido no Brasil, e sua venda foi vetada depois de uma consulta
pública realizada com a participação órgãos de defesa do consumidor.
Desenvolvido por uma empresa chinesa, o dispositivo tem a
aparência de um cigarro convencional e é composto por um inalador,
um cartucho, um chip e uma bateria recarregável.
O aparelho lhe oferece ao fumante dose de nicotina que variam
segundo o gosto do consumidor e, em lugar de fumaça, emite um vapor
de água que supostamente não prejudica a saúde.
Seus fabricantes alegam que, além de não emitir fumaça nociva à
saúde, o produto não contém alcatrão, monóxido de carbono e nem o
restante das substâncias danosas presentes no tabaco.
Segundo a Anvisa, as avaliações da Organização Mundial da Saúde e
de algumas agências de vigilância da saúde como a dos Estados Unidos
indicam que, embora o dispositivo seja muito menos cancerígeno do
que o cigarro convencional, possui produtos químicos que ameaçam a
saúde. EFE