BERLIM (Reuters) - O número de acidentes aéreos diminuiu em 2016, mas uma quantidade maior deles resultou em mortes em relação ao ano anterior, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) nesta sexta-feira.
Cerca de 65 acidentes ocorreram no ano passado, menos que os 68 de 2015 e abaixo da média anual de 81 dos últimos cinco anos, de acordo com o relatório anual mais recente da entidade sobre a segurança na aviação.
Dos acidentes de 2016, 10 foram fatais, contra quatro em 2015.
"De fato voltamos atrás em alguns parâmetros cruciais do desempenho excepcional de 2015; entretanto, voar ainda é a forma mais segura de percorrer longas distâncias", disse Alexandre de Juniac, diretor-geral e executivo-chefe da IATA, em um comunicado.
Os acidentes analisados pelo relatório mataram 268 pessoas, um aumento em comparação com as 136 de 2016, mas menos do que a média de 371 dos últimos cinco anos, segundo a IATA, que representa cerca de 265 empresas aéreas, ou 83 por cento do tráfego aéreo mundial total.
A queda do avião na Colômbia com o time da Chapecoense, atribuída a um erro humano, matou 71 pessoas em novembro, incluindo a maior parte da equipe brasileira, enquanto um voo da Egyptair caiu quando ia de Paris ao Cairo em maio, matando todas as 66 pessoas a bordo, entre outras tragédias.
(Por Maria Sheahan)