MILÃO (Reuters) - O ex-presidente-executivo da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, um dos maiores e mais respeitados executivos da indústria automobilística, morreu, sucumbindo a complicações de uma cirurgia recente.
O acionista controlador da montadora confirmou notícias de sua morte na quarta-feira, sem especificar a causa da morte ou dizer quando ele morreu.
Marchionne, de 66 anos, ficou gravemente doente depois do que a empresa descreveu como cirurgia no ombro em um hospital de Zurique. Ele foi substituído como presidente-executivo no fim de semana passado depois que a Fiat Chrysler (FCA) disse que sua condição havia piorado.
"Infelizmente, o que temíamos aconteceu. Sergio Marchionne, homem e amigo, se foi", disse o presidente do conselho da FCA, John Elkann, herdeiro da família controladora Agnelli, em um comunicado.
A Marchionne resgatou a Fiat e a Chrysler da falência depois de assumir o comando da montadora italiana em 2004 e multiplicou o valor da Fiat 11 vezes ao longo de 14 anos de negociações acertadas. Ele deveria se deixar a FCA em abril do próximo ano.
"A melhor maneira de honrar sua memória é construir o legado que ele nos deixou, continuando a desenvolver os valores humanos de responsabilidade e abertura dos quais ele foi o campeão mais fervoroso", acrescentou Elkann.
No sábado, a FCA nomeou o chefe da divisão Jeep, Mike Manley, como presidente-executivo da sétima maior montadora do mundo, dizendo que o britânico de 54 anos executaria a nova estratégia de médio prazo que Marchionne delineou em junho.
A FCA disse que Manley trabalhará para garantir um futuro "forte e independente" para o grupo.
No sábado, Marchionne também foi substituído como presidente do conselho e presidente-executivo da Ferrari e presidente da fabricante de tratores CNH Industrial.
(Por Agnieszka Flak)
((Tradução Redação São Paulo, +5511 5644 7719))
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