O governo brasileiro informou na noite desta quinta-feira, 3, que acompanha com atenção a volatilidade dos preços internacionais de petróleo e gás natural. O preço das commodities dispararam na última semana com receios de sanções econômicas e dificuldades no suprimento dos insumos, em razão do conflito entre Rússia e Ucrânia.
"O Governo brasileiro seguirá acompanhando a evolução dos mercados de energia, em permanente diálogo e coordenação com seus parceiros, em especial no G20, e em colaboração com as agências especializadas, em particular a Agência Internacional de Energia. O Brasil continuará a promover nesses foros a estabilidade e a sustentabilidade dos mercados globais de energia", informou o Ministério de Minas e Energia e o Ministério das Relações Exteriores em nota conjunta.
De acordo com as pastas, o governo está atento aos possíveis reflexos dos preços nas cadeiras de produção e fornecimento do petróleo, gás natural e derivados. No comunicado, a equipe de Jair Bolsonaro saudou a decisão adotada pelos países membros da Agência Internacional de Energia, de liberar reservas de óleo.
"O Governo brasileiro saúda a iniciativa adotada pelos países-membros da Agência Internacional de Energia, vinculada à OCDE, em 1º de março corrente, no sentido de liberar 60 milhões de barris de petróleo adicionais, equivalentes a 2 milhões de barris/dia, pelos próximos 30 dias."
Em relação ao Brasil, o governo ressaltou que as "políticas públicas e leilões promovidos pelo MME vêm garantido a manutenção dos investimentos e modernização na indústria do petróleo brasileira". As pastas afirmaram que o Brasil produz, em média, 3 bilhões de barris por dia, o que aumenta a "segurança energética global".
"O atual momento também reforça a importância da diversificação da matriz energética, de forma a assegurar acesso à energia mais seguro e sustentável. O Brasil detém uma das matrizes mais limpas do mundo e continuará estimulando as fontes limpas e renováveis, inclusive a bioenergia moderna e os biocombustíveis."