SANTOS (Reuters) - Um incêndio de grandes proporções atingiu no domingo armazéns de açúcar no porto de Santos operados pela Cosan, maior produtora de açúcar do Brasil, mas o corpo de bombeiros informou na manhã desta segunda-feira que o fogo havia sido controlado e o rescaldo tinha sido iniciado por volta das 4h.
O fogo irrompeu no terminal de açúcar na tarde de domingo e uma dúzia de caminhões do corpo de bombeiros foi deslocada para o local, disse o sargento Rodrigues dos Santos à Reuters.
Pela manhã, os bombeiros ainda não tinham detalhes dos danos causados pelo incêndio.
"A Rumo, empresa logística da Cosan ... registrou um foco de incêndio no Armazém X. No momento cerca, de 100 funcionários trabalhavam no local. Todos os esforços da empresa foram para garantir a segurança dos funcionários e terceiros no local", disse a empresa, em nota.
Em outubro do ano passado, um incêndio causou grandes estragos no terminal de exportação da Copersucar, maior comercializadora de açúcar do mundo, elevando rapidamente os preços dos contratos futuros da commodity em 6 por cento e fazendo a empresa emitir um comunicado de força maior a seus clientes.
O terminal da Copersucar, que ainda recebe reparos pelo incêndio de outubro, fica próximo aos armazéns da Rumo.
Na manhã desta segunda-feira, o vencimento outubro do açúcar na bolsa de Nova York chegou a registrar alta de 5,6 por cento. Por volta das 9h (horário de Brasília), a alta era de quase 1 por cento, a 16,49 centavos por libra-peso.
A perda do açúcar nos armazéns da Rumo, que tem capacidade para 550 mil toneladas, deve causar menos preocupações do que o potencial dano à capacidade de exportação do terminal de 12 milhões de toneladas de açúcar ao ano.
O incêndio deve causar no curto prazo uma interrupção no carregamento de navios no terminal da Rumo.
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de açúcar, está no meio da safra de cana do Centro-Sul, que deve produzir entre 32 milhões e 34 milhões de toneladas de açúcar, levemente abaixo das estimativas iniciais, devido ao impacto da seca atual.
(Por Reese Ewing; Reportagem adicional de Roberto Samora, em São Paulo)