Investing.com - O primeiro trimestre de 2016 não foi favorável a todos os bancos do País. Enquanto o lucro líquido do Bradesco (SA:BBDC4) caiu 3,8% o do Banco do Brasil (SA:BBAS3) despencou quase 60% no período. Mesmo assim, as ações das instituições financeiras oscilam desde janeiro, quando atingiram mínimas. No entanto, os papéis ainda podem se valorizar ao longo do segundo semestre.
A avaliação é do economista Roberto Troster, do Conselho Federal de Economia (Cofecon). O cenário de melhora está ligado ao jogo político. Caso o controle de gastos e o pacote de reformas econômicas saiam se tornem realidades palatáveis, altas ocorrerão, mas ainda em marcha lenta E os mais em conta são os bancos privados. “Os bancos privados nacionais são promissores para os próximos meses, seja por causa das vantagens corporativas, como a política de renegociação de dívidas mais agressiva na recuperação de crédito”, avalia.
As ações do Itaú Unibanco (SA:ITUB4) atingiram o valor mais baixo em janeiro (R$ 22,43), em abril saltaram para R$ 33,71 e giraram ontem a R$ 30,10. O Bradesco chegou a vender os papéis a R$ 17,01 em janeiro, teve pico em abril (R$ 29,41) e ontem operaram a R$ 24,20. Já o Banco do Brasil teve os papéis comercializados a R$ 12,70 em janeiro, com máxima em março (R$ 22,75). Ontem eram vendidas a R$ 17,00. Entre os estrangeiros, o Santander (SA:SANB11) saltou de R$ 12,48 em fevereiro para R$ 19,10 no dia 17 de maio. Ontem operaram a R$ 17,80.
Filipe Luiz Back, especialista em finanças, ressalta que os investidores devem ficar de olho no fluxo de capital estrangeiro na Bolsa e Valores como primeiro termômetro para altas ou baixas das ações dos bancos. Outros dois condutores são o preço do petróleo, com o efeito multiplicador da commodity na economia brasileira, e a política monetária internacional. “Também é bom acompanhar os resultados do FED (Banco Central dos Estados Unidos) e a necessidade de rebalanceamento da economia chinesa e seus impactos nos mercados internacionais”, finaliza.