Por Bernadette Christina e Fransiska Nangoy
JACARTA (Reuters) - A Indonésia aumentou a cota de exportação de óleo de palma em uma tentativa de cortar os estoques crescentes de óleo comestível, disse um funcionário do Ministério do Comércio nesta terça-feira, diante de preocupações com agricultores que enfrentam uma "emergência" devido à queda dos preços.
O maior produtor mundial de óleo de palma foi forçado a rever suas políticas após uma proibição de exportação de três semanas que terminou em 23 de maio e causou um acúmulo maciço de estoques domésticos, irritando os agricultores ao pressionar os preços do fruto da palma.
Desde segunda-feira, a Indonésia elevou a cota de exportação para sete vezes a quantidade que os produtores vendem domesticamente, em comparação com cinco vezes antes, disse Veri Anggrijono, oficial sênior.
O ministério emitiu, a partir de segunda-feira, autorizações de exportação para um total de 2,4 milhões de toneladas de produtos de óleo de palma sob seu esquema chamado de obrigação do mercado interno (DMO, na sigla em inglês) e seu programa de aceleração das exportações, disse ele.
Com base na cota menor e no programa de aceleração, as empresas indonésias poderiam exportar um total de 3,4 milhões de toneladas. Veri não forneceu uma estimativa dos volumes esperados sob a nova quota.
As inversões de política da Indonésia ajudaram a empurrar os preços futuros do óleo de palma da Malásia para baixo, com os valores caindo mais de 11% desde que o país sinalizou o plano para maiores exportações no fim de semana.
A última queda vem depois de uma redução de 22% nos preços em junho, que foi a maior queda mensal desde outubro de 2008.
(Reportagem de Bernadette Christina Munthe e Fransiska Nangoy)