LONDRES/DOHA (Reuters) - Representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão trabalhando para acertar detalhes de seu plano para limitar a oferta de petróleo e as lacunas com relação a alguns pontos controversos estão se fechando, disseram fontes da Opep, um indício de progresso para finalizar o primeiro acordo do tipo do grupo produtor desde 2008.
A Opep alcançou acordo na Argélia em 28 de setembro para restringir a oferta com condições especiais dadas à Líbia, Nigéria e Irã, cuja produção foi abalada por guerras e sanções. Os detalhes devem ser finalizados quando ministros da Opep se reunirem em Viena em 30 de novembro.
A duas semanas da reunião, diferenças sobre detalhes persistem, e a perspectiva de um excedente de produção que pode se manter em 2017 pesou sobre os preços do petróleo, que estão abaixo dos 47 dólares por barril. O petróleo alcançou uma máxima de 2016 perto de 54 dólares após o acordo de setembro.
Duas fontes familiarizadas com as discussões disseram que esforços estavam em curso para diminuir as diferenças e que um acordo final seria alcançado.
"É difícil olhar para alguns pontos, mas eu não vejo nenhum beco sem saída", disse uma das fontes. "O que aconteceu na Argélia gerou muita esperança e impulso e acho que as pessoas estão comprometidas com isso."
Em um esforço adicional para criar consenso, o secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, está visitando mais membros do grupo nos próximos dias.
(Por Alex Lawler e Rania El Gamal; reportagem adicional de Lamine Chikhi)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765))
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