Teerã, 4 mai (EFE).- O Irã aguarda a chegada esta semana de uma delegação de empresários e investidores petroleiros americanos, que se reunirão com autoridades do país para negociar um contrato de provisão de petróleo, informaram fontes oficiais nesta segunda-feira.
O vice-ministro de Petróleo do Irã, Abbas Sheri-Mogadam, citado pela agência iraniana Mehr, disse que este grupo deve manter uma rodada de negócios com representantes da indústria dos hidrocarbonetos do país, incluídos encontros com executivos da indústria petrolífera, técnicos e diretores.
Desde que, em 2 de abril, o Irã e os países do Grupo 51 (EUA, França, China, Rússia, o Reino Unido e Alemanha) anunciaram um princípio de acordo sobre o programa nuclear iraniano que incluirá a suspensão das sanções econômicas que pesam sobre o país, várias empresas petrolíferas de todo o mundo expressaram intenção de retornar ao mercado iraniano.
Neste sentido, Sheri-Mogadam disse que os projetos de exploração de gás e petróleo iranianos atrairão mais interesse das grandes petrolíferas e refinarias americanas assim que as sanções foram canceladas, já que estas empresas não terão nenhum impedimento legal para investir na República Islâmica.
Acrescentou que já há empresas europeias que estão negociando com o Irã o investimento em seus projetos petroquímicos.
Hoje as agências de imprensa iranianas divulgaram que a maior companhia petrolífera da Itália, ENI (MILAN:ENI), teve contatos com o Ministério do Petróleo iraniano para o desenvolvimento conjunto de campos de extração.
Além disso, começa esta semana em Teerã a XX Mostra Internacional da Indústria Petrolífera, em que empresas de 30 países apresentarão seus últimos produtos e serviços para o setor.
O Irã possui 10% das reservas confirmadas de petróleo do planeta e quase 20% das reservas de gás natural, apesar de sua exploração ter minguado pela falta de investimentos e pelas sanções, que bloquearam o desenvolvimento desta indústria.
Além da ENI, a Total, de capital francês, a anglo-holandesa Shell e a russa Lukoil são outras das maiores empresas que já mostraram interesse em entrar no Irã, sem contar as empresas chinesas e indianas que já estão investindo no país.
Antes da revolução islâmica em 1979, várias empresas americanas operavam no Irã, situação que mudou drasticamente depois de os países romperem relações.