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JBS não vê alívio relevante nos custos de grãos à frente

Publicado 15.05.2018, 12:07
© Reuters. Sede da processadora de carnes brasileira JBS em Jundiaí, no Estado de São Paulo
IBOV
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JBSS3
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SÃO PAULO (Reuters) - A JBS (SA:JBSS3) tem trabalhado para reduzir despesas gerais e administrativas para compensar a pressão de custos estruturais, notadamente de grãos, que a empresa acredita vão se manter em um patamar mais elevado, de acordo com o diretor global de operações da companhia de alimentos, Gilberto Tomazoni.

"Na questão dos custos de grãos, não vamos ter, daqui para a frente, um arrefecimento muito grande, talvez uma queda de 7 a 10 por cento, não muito mais do que isso", afirmou o executivo, em teleconferência sobre o resultado da companhia no primeiro trimestre, divulgado na véspera, acrescentando que o patamar mais elevado veio para ficar.

A maior processadora de carnes do mundo informou na segunda-feira que teve lucro líquido de 506,5 milhões de reais no período, alta de 43,5 por cento ano a ano. Incluindo a fatia dos minoritários, o lucro foi de 588,2 milhões de reais, avanço de 41,1 por cento contra um ano antes

No período, as despesas administrativas e gerais caíram 8,4 por cento, para 1,2 bilhão de reais, ou 3 por cento da receita, contra 3,5 por cento um ano antes.

Às 11:38, as ações da companhia subiam mais de 2 por cento, enquanto o Ibovespa tinha queda de quase 1 por cento.

Executivos da JBS afirmaram que, na divisão Seara, unidade de processamento de aves e suínos no Brasil, o foco foi buscar rentabilidade, com aumento de preços dos industrializados, o que impactou os volumes, com uma queda de 5 por cento na base trimestral, principalmente dos produtos de menor valor agregado. Ainda assim, eles afirmaram que a unidade está operando com níveis normais de estoques.

Tomazoni afirmou que a Seara, que registrou queda de 2,7 por cento na receita líquida no primeiro trimestre ano a ano, teve uma pequena redução na participação de mercado nesses primeiros meses, mas que já mostra recuperação nas leituras mais recentes.

Ele disse que a companhia não conseguiu repassar para os preços o que precisava para fazer frente ao maior custo estrutural, e que a companhia tem procurado focar em produtos de maior valor agregado para recuperar margens. A maior oferta de carne de frango no Brasil, segundo a JBS, fez o preço do produto cair 9,1 por cento.

Ele avalia que novos repasses de preços neste ano dependerão muito das condições estruturais do mercado e que o ambiente é desafiador. Mas reforçou que o foco da companhia é rentabilidade e que vai buscar ganhar market share por "preferência do consumidor", não com briga de preço.

Tomazoni acrescentou que o negócio de bovino da companhia no Brasil também segue com um cenário desafiador, conforme vem enfrentando aumento da competitividade na compra do gado e excesso de carne no mercado em razão da abertura de fábricas, com efeito negativo para as margens.

Ele disse que a companhia está focada em produtos de maior valor agregado e mercados mais rentáveis, tanto do lado doméstico como no exterior, a fim de mitigar o cenário adverso.

Em relação ao acordo de normalização de dívida com bancos no Brasil, anunciado também na segunda-feira, executivos da JBS destacaram que a previsão é de manutenção das condições dos contratos.

"O acordo com bancos é preservação de linhas, não muda o perfil da dívida", disse o presidente do conselho de administração e diretor de Relações com Investidores, Jeremiah O‘Callaghan.

© Reuters. Sede da processadora de carnes brasileira JBS em Jundiaí, no Estado de São Paulo

Conforme anunciado na véspera, os bancos manterão linhas de crédito de cerca 12,2 bilhões de reais por 36 meses a partir de julho. A partir de janeiro de 2019, a JBS deve começar a amortizar cerca de 25 por cento do principal da dívida até fim do período, em julho de 2021.

(Por Paula Arend Laier)

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