O número de fusões e aquisições realizadas pelas empresas de petróleo e gás no primeiro semestre deste ano teve um forte aumento em comparação com o mesmo período de 2020. Nos seis primeiros meses do ano passado foram duas operações contra 16 este ano, um acréscimo de 700%. Os dados são de uma pesquisa realizada, trimestralmente, pela KPMG.
Das 16 operações fechadas no primeiro semestre deste ano, nove foram domésticas, ou seja, realizadas entre companhias brasileiras, cinco do tipo CB1 (estrangeiro adquirindo empresa do Brasil) e duas CB3 (empresa brasileira adquirindo capital de empresa estabelecida no exterior).
"Com a retomada do calendário de realização de leilões de petróleo e gás pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), houve uma retomada de investimentos na indústria. A expectativa é positiva para os outros meses", analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
As empresas brasileiras realizaram, no geral, 804 operações de fusões e aquisições, no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram fechados 514 negócios. Trata-se do melhor semestre dos últimos dez anos, segundo a KPMG.
"Os dados mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido, mesmo no período de pandemia", analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta.