Por Ahmad Ghaddar e Libby George
LONDRES (Reuters) - Menos de duas semanas após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de prolongar os cortes na produção de petróleo, Líbia e Nigéria --os únicos dois integrantes isentos do acordo-- estão sinalizando a intenção de aumentar a produção no próximo ano.
Na sexta-feira, a empresa de petróleo Total disse que o seu novo campo em mar chamado Egina, na Nigéria, estava a caminho de iniciar a operação no próximo ano --acrescentando 10 por cento à produção do país.
O campo terá uma capacidade de 200 mil barris por dia (bpd) e entrará em produção no quarto trimestre de 2018, contrabalançando a produção limitada por oleodutos envelhecidos, roubo e sabotagem.
"Isso certamente pode mudar a dinâmica", disse Ehsan Ul-Haq, chefe de petróleo e produtos da consultoria Resource Economist.
O ministério do petróleo da Nigéria não respondeu a um pedido de comentário sobre o início da produção do campo de Egina e se a produção em outros locais seria reduzida como resultado.
Além disso, no sábado o chefe do governo líbio reuniu-se com a National Oil Corp (NOC) e o banco central de Trípoli para discutir como a empresa poderia obter mais dinheiro para aumentar sua produção de petróleo no próximo ano.
A NOC, da Líbia, até agora não falou oficialmente sobre o acordo da Opep e recusou-se a fazer um comentário à Reuters.