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SÃO PAULO (Reuters) - O Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, deverá elevar em 1,67% a área plantada com a oleaginosa na próxima safra (2025/26), com agricultores mostrando alguma cautela para expandir suas lavouras, afirmou Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em sua primeira estimativa para a nova safra, que será plantada apenas a partir de meados de setembro, o Imea indicou um plantio de 13 milhões de hectares em Mato Grosso, o que seria um novo recorde.
"Essa projeção inicial reflete a cautela dos produtores quanto a investimentos mais robustos na cultura, devido ao aumento dos custos de produção", afirmou o instituto, citando que última estimativa de custeio indicou alta de 3,75% em comparação com a safra 2024/25.
"Adicionalmente, embora os preços da soja estejam mais elevados nesta temporada em relação à anterior, a margem líquida dos produtores (LAJIDA) ainda é menor, o que limita a capacidade de investimento no ciclo atual", destacou.
Adotando uma postura "conservadora" de produtividade média, após um recorde em 2024/25, o Imea projeta uma redução de 8,8% em 2025/26 na comparação anual, para 60,45 sacas por hectare.
O Imea explicou que isso se deve a diversos fatores que podem impactar a produtividade e que ainda estão indefinidos, como as condições climáticas, a ocorrência de pragas e doenças, e as incertezas quanto aos investimentos.
Diante disso, utilizou-se a média da produtividade dos últimos três anos.
Com base nas projeções preliminares de área e produtividade, a produção de soja em Mato Grosso para a safra 2025/26 está estimada em 47,18 milhões de toneladas, o que seria um recuo de 7,29% em comparação à safra anterior, que bateu uma máxima histórica de quase 51 milhões de toneladas.
A primeira estimativa para a temporada 2025/26 contou com um levantamento realizado junto a agentes de mercado e produtores que responderam uma pesquisa, segundo o Imea.
(Por Roberto Samora)