LONDRES/DUBAI (Reuters) - Um encontro entre membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não deve aumentar a expectativa por uma cooperação conjunta para limitar a oferta da commodity ou demonstrar muito apoio para a faixa de preços proposta pela Venezuela, disseram delegados e analistas da Opep.
A organização convidou oito países não membros, incluindo a Rússia e o Brasil, para conversar sobre o mercado em sua sede em Viena, na quarta-feira. O encontro da Opep para estabelecer políticas não acontecerá antes de 4 de dezembro.
Produtores de fora da Opep se recusaram a trabalhar com a Opep para cortar a oferta e reduzir o excesso que levou os preços a afundarem abaixo de 50 dólares por barril, ante 115 dólares em junho de 2014. A Opep, por sua vez, não quis limitar a oferta sozinha e muitos membros aumentaram a produção.
Não obstante, a Venezuela, muito prejudicada pelos atuais preços, está pressionando membros e não membros da organização para cortes e propôs medidas para estabelecer um piso mínimo de 70 dólares para o barril de petróleo. Mas dois delegados da Opep disseram que a expectativa de cortes de produção é baixa e que a proposta da Venezuela não deve encontrar apoio.
"Eu realmente não acredito que a Venezuela será bem-sucedida em suas tentativas", disse um dos delegados. "Os países da Opep estão produzindo demais agora, então o corte deve começar pela organização antes de tentativas com os produtores não membros."
(Por Alex Lawler e Rania El Gamal)