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Mercosul não tem interesse em acordos que condenam bloco a ser eterno exportador de matéria-prima, diz Lula

Publicado 04.07.2023, 12:06
Atualizado 04.07.2023, 20:55
© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília
28/03/2023
REUTERS/Adriano Machado
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(Reuters) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que o Mercosul não tem interesse em acordos comerciais que condenem os países do bloco a serem "eternos exportadores de matéria-prima, minério e petróleo", e reforçou seu compromisso em concluir o acordo comercial com a União Europeia.

Em discurso a líderes do Mercosul em reunião de cúpula do bloco na cidade argentina de Puerto Iguazu, na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, Lula voltou a defender a adoção de uma moeda comum entre os membros do bloco para operações de compensação e disse que o Mercosul precisa trilhar o caminho para uma aliança mais democrática e participativa.

"Não temos interesse em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matéria-primas, minérios e petróleo", disse Lula em seu discurso.

O Brasil recebeu na cúpula desta terça a presidência pro-tempore do Mercosul da Argentina, e com isso presidirá o bloco até o final deste ano.

Ao mesmo tempo que repetiu sua determinação em selar um acordo comercial entre Mercosul e UE durante a presidência brasileira do bloco, Lula reiterou que a carta adicional enviada pelo bloco europeu com exigências ambientais é "inaceitável". Ele também repetiu sua divergência com relação à abertura para compras governamentais.

"O instrumento adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente. É inadmissível abrir mão do poder de compra do Estado -- um dos poucos instrumentos de política industrial que nos resta", afirmou.

Lula também defendeu que o Mercosul -- formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai -- avance no comércio com outros países sul-americanos, como Chile, Colômbia, Equador e Peru. Disse ainda que é preciso que a Bolívia torne-se membro pleno do Mercosul.

"Fortalecer o Mercosul significa contar com a participação de todos os nossos membros. Temos urgência para o acesso da Bolívia como membro pleno e trabalharei pessoalmente por sua aprovação no Congresso brasileiro", prometeu.

Lula também defendeu que o grupo avance em negociações para acordos comerciais com países de outras partes do mundo.

"Vamos revisar e avançar nos acordos em negociação com Canadá, Coreia do Sul e Cingapura. Vamos explorar novas frentes de negociação com parceiros como a China, a Indonésia, o Vietnã e com países da América Central e Caribe", afirmou.

NOVO REGIME DE ORIGEM

A cúpula do Mercosul também aprovou nesta terça-feira, após quatro anos de negociações, o novo Regime de Origem (ROM) do bloco.

Entre as mudanças trazidas pelo regime está o aumento no limite de insumos importados em um produto de origem, para que ele ainda assim possa ser considerado "nacional".

© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília
28/03/2023
REUTERS/Adriano Machado

Para que um produto brasileiro seja considerado nacional, ele poderá ter no máximo 45% da matéria-prima comprada de um país de fora do Mercosul.

"Essa medida representa um avanço significativo para o fortalecimento da integração econômica na região e o aumento da competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional", avaliou o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, em nota distribuída pela pasta.

(Por Eduardo Simões, em São Paulo; reportagem adicional de Fabrício de CastroEdição de Pedro Fonseca e Patrícia Vilas Boas)

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