Cidade do México, 31 mai (EFE).- O governo do México anunciou nesta quinta-feira que responderá à imposição de tarifas sobre aço e alumínio por parte dos Estados Unidos com "medidas equivalentes a diversos produtos".
"Diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o México imporá medidas equivalentes a diversos produtos como aços planos (laminação a quente e a frio), lâmpadas, pernis e paletas suínas", informou a Secretaria de Economia do país em comunicado.
As tarifas mexicanas - que também contemplarão embutidos, maçãs, uvas, mirtilos e diversos queijos - serão aplicadas "por um montante equiparável" ao que o país perderá com as sanções americanas.
O Departamento de Comércio americano anunciou hoje a suspensão da isenção à imposição de tarifas à importação de aço e alumínio que faz dos países da União Europeia, do Canadá e do México, uma decisão que entrará em vigor amanhã e que elevou as tensões comerciais globais.
"O México lamenta profundamente e reprova a decisão dos Estados Unidos de impor estas tarifas às importações de aço e alumínio provenientes do México a partir de 1º de junho, sob o critério de segurança nacional", diz o comunicado.
Para o governo mexicano, que este tipo de medida tarifária "não é adequada, nem justificada", e lembrou que aço e alumínio contribuem para a "competitividade de vários setores estratégicos e altamente integrados" na América do Norte, como o automotivo e o eletrônico.
"O México reitera a sua postura contra medidas protecionistas que afetam e distorcem o comércio internacional de mercadorias", acrescenta o texto.
Devido à decisão do Departamento de Comércio dos EUA, o governo mexicano destacou que sua contrapartida valerá até que Washington volte atrás em sua decisão.
"O México reitera a sua abertura ao diálogo construtivo com os Estados Unidos, seu apoio ao sistema comercial internacional e sua rejeição às medidas protecionistas unilaterais", afirma o comunicado.
Em 23 março, o governo do presidente Donald Trump impôs um aumento de tarifas de 25% nas importações de aço e de 10% nas de alumínio, mas ordenou a suspensão da imposição dos mesmos a UE, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul e México.