Por Enrico Dela Cruz
(Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Cingapura se recuperaram nesta quarta-feira, depois de terem caído brevemente abaixo de 100 dólares por tonelada, enquanto a referência na bolsa de Dalian registrou ganhos marginais devido às preocupações com as restrições na produção de aço da China.
O contrato de minério de ferro mais ativo para setembro na Bolsa de Cingapura subiu 1,1%, para 101,40 dólares por tonelada, depois de cair 0,8%, a 99,50 dólares, no início da sessão.
O contrato de janeiro mais negociado do ingrediente siderúrgico na Dalian Commodity Exchange encerrou com alta de 0,1%, a 723 iuanes (100,32 dólares) por tonelada, em negociações limitadas.
A política da China, maior produtora mundial de aço, de limitar a produção de 2023 ao nível do ano passado "tornará as siderúrgicas mais cautelosas na aquisição de matérias-primas", disseram analistas da Huatai Futures em nota.
A maioria das referências de aço chinesas, no entanto, registrou queda. O vergalhão na Bolsa de Futuros de Xangai retraiu 0,5%, enquanto a bobina a quente e o fio-máquina perderam 0,4% ambos. Já o aço inoxidável ganhou 0,1%.
A demanda de aço na China deve permanecer fraca em agosto, disse a consultoria Mysteel em sua perspectiva semanal.
O estoque dos cinco principais produtos siderúrgicos em 247 siderúrgicas chinesas continuou a crescer, não apenas por causa da demanda reduzida devido a condições climáticas adversas, mas também pela fraqueza contínua dos preços no mercado spot, afirmou.
"Espera-se que os preços do minério de ferro flutuem na próxima semana impulsionados pelo aumento da demanda, já que as siderúrgicas na cidade de Tangshan (centro de produção da China) retomaram a produção e a tendência de queda esperada dos embarques globais de minério de ferro", disse Mysteel.
"No entanto, a expectativa de uma queda na produção de gusa na China deve derrubar os preços do minério de ferro."
Os preços de outros ingredientes siderúrgicos também ficaram mais firmes, com o carvão metalúrgico e o coque na bolsa de Dalian subindo 1,6% e 1,7%, respectivamente.
(Reportagem de Enrico Dela Cruz em Manila)