PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura ampliaram os ganhos nesta segunda-feira para o maior nível em três semanas com o alívio por parte dos traders de que as siderúrgicas da principal província produtora da China ainda não implementaram cortes de produção e com o mais recente estímulo monetário do governo.
O contrato de minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,91%, a 777 iuanes (106,35 dólares) a tonelada, a maior cotação desde 26 de julho.
O minério de ferro de referência para setembro na Bolsa de Cingapura subiu 0,56%, para 107,45 dólares a tonelada, o maior nível desde 31 de julho.
A China cortou sua taxa básica de juros de um ano na segunda-feira, como esperado, mas surpreendeu os mercados ao manter inalterada a taxa de cinco anos, que influencia o preço das hipotecas.
Em uma pesquisa da Reuters com 35 analistas do mercado, todos os participantes previram cortes em ambas as taxas.
A decisão do banco central veio depois que a China disse que coordenaria o apoio financeiro para resolver os problemas de dívida do governo local, como parte dos esforços para sustentar uma recuperação econômica cada vez mais instável e tranquilizar os investidores preocupados.
O consumo de minério de ferro permanece resiliente em meio aos altos níveis de produção de gusa, embora as siderúrgicas estejam cautelosas sobre os volumes de compra, disseram analistas da Huatai Futures em nota.
"O mercado foi impulsionado por relatos de que as siderúrgicas chinesas não estavam cortando a produção tanto quanto se temia", disseram analistas da ANZ em nota.
"Embora os fundamentos do aço tenham melhorado na semana anterior, ainda estão sob pressão em meio ao ambiente macroeconômico fraco em geral, juntamente com a demanda sazonalmente lenta", disseram analistas da Sinosteel Futures em nota.
(Reportagem de Amy Lv e Dominique Patton em Pequim)