SÃO PAULO (Reuters) - A fixação de preços do açúcar por meio de contratos comerciais pelas usinas brasileiras atingiu ao final do ano passado 35% do que o país espera exportar na próxima safra 2020/21 (abril/março), estimou nesta quarta-feira a Archer Consulting.
Em termos do percentual de exportações futuras fixadas, os negócios de Brasil estão em linha com a média histórica para o período, destacou a consultoria.
Mas o volume de vendas antecipadas da safra futura está menor ante a mesma data na comparação com a safra anterior: 6,819 milhões de toneladas até 31 de dezembro, versus 7,864 milhões de toneladas da temporada 2019/20.
O valor médio apurado das fixações da nova safra é de 13,19 centavos de dólar por libra-peso, ou 54,18 centavos de real por libra-peso, sem prêmio de polarização.
No ano passado, no mesmo período, o valor médio das fixações era de 13,10 centavos de dólar por libra-peso.
Em dezembro de 2019, o dólar médio foi mais baixo do que aquele observado no mês anterior (4,1150 contra 4,1566), enquanto o preço médio de fechamento da bolsa de Nova York no mês (13,34 centavos de dólar por libra-peso) superou o do mês de novembro (12,69).
"Melhor fixação em reais por tonelada deve ter incentivado às usinas a acelerarem suas fixações", acrescentou a Archer.
Até o final de novembro as usinas brasileiras haviam feito hedge para 5,48 milhões de toneladas de açúcar, um volume equivalente a 28% das exportações esperadas na safra 2020/21, informou a consultoria anteriormente.
(Por Roberto Samora)