IGP-M sobe em novembro mas tem queda em 12 meses pela 1ª vez em 1 ano e meio, diz FGV
Por Colleen Howe
PEQUIM (Reuters) - As permissões para novas usinas movidas a carvão na China em 2025 devem cair para o menor nível em quatro anos, mostrou uma análise do Greenpeace nesta terça-feira, indicando que o uso crescente de energias renováveis está reduzindo a demanda por novas unidades da fonte.
A China permitiu 41,8 gigawatts (GW) de capacidade de novas usinas a carvão nos três primeiros trimestres de 2025, segundo o Greenpeace. Se o ritmo atual continuar, as permissões deste ano cairão para o nível mais baixo desde 2021.
As aprovações até agora neste ano representam um valor estimado de 171,5 bilhões de iuanes a 181,5 bilhões de iuanes (US$24,2 bilhões a US$25,6 bilhões) em novos investimentos em carvão, 85% dos quais pertencem a empresas estatais, de acordo com o Greenpeace.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China e a Administração Nacional de Energia não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
"À medida que a participação da geração de energia renovável aumenta, a demanda adicional de eletricidade da China agora pode ser totalmente atendida pela energia eólica e solar", disse o gerente de projetos de clima e energia do Greenpeace na Ásia Oriental, Gao Yuhe.
"As expectativas de geração de energia a carvão e de lucratividade também diminuíram, levando a uma queda na quantidade de aprovações."
A China registrou um pico nas licenças para usinas de carvão entre 2022 e 2023, depois que a escassez de carvão e energia nessa época assustou os reguladores.
Mas as licenças caíram a partir de 2024, depois que a crise diminuiu, a crescente instalação de usinas renováveis começou a cobrir mais da demanda incremental e a escassez se transformou em excesso de oferta.
Entretanto, devido ao aumento anterior, o total de licenças para o período do plano quinquenal de 2020 a 2025 já é mais do que o dobro do total dos cinco anos anteriores.
Também pode haver um fator temporal em jogo, já que 2025 é o último ano do atual plano quinquenal e muitos projetos já foram aprovados anteriormente no período de cinco anos, de acordo com Gao.
A China se comprometeu em 2021 a reduzir gradualmente seu consumo de carvão durante o período de 2026-2030, mas as novas metas climáticas da China para 2035, divulgadas em setembro, não apresentaram novos compromissos para o carvão.
(Reportagem de Colleen Howe)
