SÃO PAULO (Reuters) - As usinas de energia solar fotovoltaica que fecharam contratos no leilão promovido pelo governo federal em agosto deverão custar entre 3,1 e 5,1 milhões de reais por megawatt-pico para serem construídas, segundo levantamento feito pela estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) junto às empresas.
Segundo nota técnica do órgão, ligado ao Ministério de Minas e Energia e responsável pelo planejamento do setor, projetos com estruturas fixas apresentaram custo médio de 3,57 milhões de reais por megawatt-pico em capacidade instalada, enquanto usinas que utilizarão placas fovoltaicas com sistemas de rastreamento, para acompanhar a movimentação do Sol, demandarão 4,16 milhões por megawatt-pico.
Os investimentos totais estimados para os 1.044 megawatts-pico contratados no leilão, divididos em 30 empreendimentos, deverão somar 4,3 bilhões de reais.
As estimativas de aportes foram apresentadas pelas próprias empresas responsáveis, segundo a EPE.
A estatal afirmou que 27 usinas, ou 90 por cento das vencedoras do certame, utilizarão painéis com sistema de rastreamento.
Já em relação à tecnologia, 23 projetos preveem utilizar módulos solares de silício policristalino, contra 5 com silício monocristalino e 2 com painéis de filme fino.
O fator de capacidade --índice de produção média ante a potência máxima-- das usinas inscritas varia de 18,8 por cento, de um projeto na Paraíba, a um máximo de 24,3 por cento, de duas usinas na Bahia.
De acordo com a EPE, os 382 projetos cadastrados para o leilão previam utilizar módulos fotovoltaicos de 19 diferentes fabricantes. O órgão não divulgou, no entanto, o número de fabricantes listado pelas usinas vencedoras.
(Por Luciano Costa)