Nos mercados globais de petróleo, o petróleo Brent tem sido negociado consistentemente dentro de uma faixa de preço estreita de US$ 75 a US$ 90 por barril desde o final de 2022. Essa estabilidade é amplamente atribuída aos cortes de produção implementados pela OPEP +, que atuaram como suporte aos preços.
Além disso, a presença de capacidade ociosa substancial, combinada com incertezas em torno da demanda e políticas de sanções em andamento, impediu qualquer movimento ascendente significativo no mercado.
A OPEP +, Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, tem gerenciado os níveis de produção de petróleo para garantir preços estáveis. Após um período de aumentos graduais da produção que começou no início de 2021 para reverter os cortes relacionados à pandemia, a OPEP + introduziu novas reduções na produção em outubro de 2022 e continuou a diminuir a produção desde então.
Os analistas notaram a influência dessas decisões de produção no mercado. A antecipação de uma inflação mais baixa e a perspectiva de cortes nas taxas de juros quando o petróleo cair abaixo de US$ 80 contribuíram para um suporte básico para os preços do petróleo.
Além disso, a atual capacidade de produção ociosa dentro da OPEP + é substancial, o que limita o potencial de aumentos de preços, de acordo com o UBS. A Agência Internacional de Energia estimou essa capacidade ociosa em 5,8 milhões de barris por dia, que inclui 3,3 milhões de barris por dia da Arábia Saudita, 1 milhão dos Emirados Árabes Unidos e 600.000 do Iraque.
Apesar das tensões geopolíticas no Oriente Médio, que normalmente elevam os preços do petróleo devido a preocupações com a interrupção da oferta, o efeito sobre os preços este ano foi silenciado. O mercado não está levando em consideração um prêmio de risco significativo para o Oriente Médio, dada a capacidade da Opep e da Arábia Saudita de gerenciar as preocupações com a oferta.
A incerteza da demanda também desempenhou um papel na moderação dos aumentos dos preços do petróleo. Observou-se uma estagnação da demanda nos países ocidentais e na China. A Agência Internacional de Energia relatou uma contração na demanda chinesa durante abril e maio.
Os conflitos em curso em Gaza e na Ucrânia, embora significativos, não levaram a uma escassez pronunciada de oferta de petróleo. Além disso, a guerra Israel-Hamas não resultou em interrupções regionais de fornecimento, com a única interrupção notável sendo a evitação do Mar Vermelho por alguns navios devido a ataques dos rebeldes houthis do Iêmen.
As sanções ocidentais à Rússia e os limites de preços da União Europeia tiveram um impacto limitado nas exportações russas de petróleo e combustível, à medida que surgiram compradores alternativos, principalmente na China e na Índia, mantendo o fluxo de petróleo russo para o mercado global.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.