Fique por dentro das principais notícias do mercado desta segunda-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 06.10.2025, 08:09
© Reuters.

Investing.com – Os índices futuros das bolsas americanas avançavam nesta segunda-feira, enquanto os investidores acompanham a paralisação do governo dos Estados Unidos, que resultou no adiamento de indicadores econômicos relevantes para a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve.

Um assessor sênior da Casa Branca alertou que demissões em massa entre servidores federais podem ocorrer em breve, diante da escassez de sinais de acordo entre republicanos e democratas para encerrar o impasse.

No noticiário político, o mercado repercute a queda inesperada do primeiro-ministro francês, bem como a eleição de Sanae Takaichi como nova líder do partido governista japonês.

No calendário econômico local, os investidores aguardam as projeções do mercado para os principais indicadores da economia brasileira, além dos números da balança comercial de setembro.

1. Futuros em alta nos EUA

Os futuros das ações americanas operavam em terreno positivo nesta manhã, em meio à expectativa por novos cortes de juros pelo Fed e à aproximação da temporada de balanços do terceiro trimestre.

Às 7 h de Brasília, o contrato futuro do Dow Jones subia 86 pontos, ou 0,2%, enquanto os futuros do S&P 500 avançavam 20 pontos, ou 0,3%, e os do Nasdaq 100 ganhavam 103 pontos, ou 0,4%.

Na sexta-feira, Wall Street registrou forte volatilidade: o S&P 500 e o Dow Jones Industrial Average encerraram o pregão em níveis recordes, enquanto o Nasdaq Composite recuou 0,3%. A queda refletiu o desempenho fraco das ações da Applied Materials (NASDAQ:AMAT), que na semana passada previu uma redução de US$ 600 milhões em sua receita fiscal de 2026.

2. Paralisação ameaça emprego público e adia dados econômicos

A paralisação parcial do governo americano já levou ao adiamento de divulgações oficiais, incluindo o relatório de empregos não agrícolas, indicador crucial para as decisões do Federal Reserve.

A falta de dados oficiais ampliou a atenção sobre medições privadas de atividade e emprego, que apontam para desaceleração econômica e persistência inflacionária, segundo relatório da Vital Knowledge.

Com o Fed prestes a decidir sobre as taxas em outubro, a ausência de dados do governo adiciona incerteza. Em setembro, o banco central havia reduzido os juros para sustentar o mercado de trabalho, mesmo sob o risco de reacender pressões de preços. Ainda assim, a ferramenta FedWatch da CME indica que o mercado espera novos cortes nas próximas reuniões.

Enquanto isso, as negociações entre republicanos e democratas seguem paralisadas. Um assessor da Casa Branca advertiu no domingo que demissões em larga escala poderão começar se o presidente Donald Trump considerar as conversas com o Congresso “totalmente inviáveis”.

3. Crise política na França; Takaichi vence no Japão e reforça expectativa de estímulos fiscais

A crise política na França, deflagrada pela renúncia inesperada do primeiro-ministro, Sebastien Lecornu, após apenas um mês no cargo, elevou os temores de instabilidade do governo de Emmanuel Macron e aprofundou a percepção de paralisia institucional no país.

O impasse sobre a formação de um gabinete capaz de obter apoio no parlamento, hoje altamente fragmentado, reforçou a desconfiança dos investidores quanto à capacidade de implementação de políticas fiscais e econômicas consistentes.

O episódio pressionou os ativos franceses, com queda nas ações e no euro, e elevou a aversão ao risco na região, devido ao receio de que a fragilidade política da segunda maior economia do bloco amplifique a volatilidade nos mercados europeus.

Na Ásia, as ações japonesas lideraram os ganhos, com o Nikkei alcançando novas máximas históricas após a vitória de Sanae Takaichi na disputa pela liderança do Partido Liberal Democrático. O resultado reforçou as apostas em mais estímulos fiscais e políticas monetárias flexíveis no Japão.

Takaichi, conhecida por sua visão fiscal expansionista e por defender o modelo “Abenomics”, venceu o segundo turno do pleito interno no fim de semana com 54,25% dos votos. A confirmação de seu nome como primeira-ministra está prevista para meados de outubro, o que a tornará a primeira mulher a ocupar o cargo.

A nova liderança deve ampliar gastos públicos e reduzir a probabilidade de aperto monetário adicional pelo Banco do Japão, segundo analistas.

4. Petróleo avança após decisão moderada da Opep+

Os preços do petróleo subiram com força nesta segunda-feira, revertendo parte das perdas da semana anterior, depois que a Opep+ anunciou um aumento de produção menor que o esperado para novembro.

O grupo informou que elevará a oferta em 137 mil barris por dia (bpd), repetindo o ajuste feito em outubro. O número ficou muito abaixo dos 500 mil bpd antecipados por parte do mercado, o que contribuiu para a recuperação das cotações.

A decisão trouxe alívio aos operadores que temiam uma expansão excessiva da oferta em meio à demanda global ainda frágil. A Opep+, que já adicionou mais de 2,7 milhões de bpd neste ano, segue revertendo de forma gradual os cortes recordes adotados durante a pandemia.

5. Balança comercial e projeções econômicas no Brasil

Os destaques da agenda local de hoje são a divulgação de novas projeções para os principais indicadores da economia brasileira, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do banco central com agentes do mercado, além de dados sobre a balança comercial de setembro.

No relatório da semana passada, os economistas consultados pelo BC reduziram levemente suas projeções de inflação, prevendo alta de 4,81% para o IPCA em 2025 e de 4,28% em 2026, enquanto mantiveram as estimativas para o PIB em 2,16% e 1,80%, e para a taxa Selic em 15,00% e 12,25%, respectivamente.

Os investidores acompanham ainda a divulgação dos dados sobre a balança comercial brasileira em setembro, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), depois de o país ter registrado um superavit de US$ 6,1 bilhões em agosto, alta de 35,8% em relação ao mesmo mês de 2024.

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