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Petrobras sobe com reajuste e alta do petróleo sob temores de abastecimento

Publicado 19.09.2019, 10:37
Atualizado 19.09.2019, 13:52
© Reuters.

Investing.com - As ações da Petrobras operam em alta nesta quinta-feira no Ibovespa. A estatal se beneficia do reajuste do preço da gasolina anunciado na noite de ontem e alta do preço do petróleo hoje em meio a renovadas preocupações com os riscos à oferta global após os ataques do último fim de semana à infraestrutura de petróleo da Arábia Saudita.

Os papéis preferenciais apresentam, com isso, ganhos de 1,65% a R$ 27,67, enquanto as ordinários subiam 1,63% a R$ 30,51 às 13h36.

Reajuste de preço

A Petrobras (SA:PETR4) afastou a incerteza quanto a uma intervenção do Palácio do Planalto na política de preço dos combustíveis da companhia e anunciou, na quarta-feira a noite, o reajuste dos preços do diesel e da gasolina nas refinarias. A alta no preço ocorre após os ataques de drones à refinaria da Arábia Saudita no último sábado, cujo desdobramento resultou na maior alta intradiária do petróleo na segunda-feira desde a Guerra do Golfo em 1991.

O preço do diesel teve um reajuste, nesta quinta-feira, de 4,2%, enquanto o preço da gasolina subiu 3,5%. O reajuste não é automático na bomba de reabastecimento dos consumidores, pois depende de outras variáveis, como a política de preço das distribuidoras, tributação e logística.

Na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante entrevista à TV Record, que a Petrobras (SA:PETR4) aguardaria o comportamento dos preços internacionais do petróleo antes de tomar uma decisão. Apesar de ressaltar que conversou antes da entrevista à TV com o CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre a manutenção de preço na segunda-feira, o mercado interpretou como uma possibilidade de a Petrobras não ter autonomia em relação ao governo para determinar os preços dos combustíveis de acordo com variação de mercado. O receio dos investidores era de a estatal congelar preço e ter prejuízo para atender a uma reivindicação política.

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Não seria a primeira vez que Bolsonaro interveria na determinação do preço dos combustíveis. Em abril, sob ameaça de os caminhoneiros entrar em greve, a Petrobras (SA:PETR4) suspendeu um reajuste programado de acordo com a política de preço da companhia após um telefonema de Bolsonaro a Castello Branco. Depois do episódio, a Petrobras modificou a periodicidade de reajuste, antes a cada 15 dias, agora sem período de tempo determinado.

A memória dos investidores não é boa quanto a participação do Palácio do Planalto na política de preço da companhia. Durante o governo Dilma Rousseff, a Petrobras (SA:PETR4) congelou o preço a pedido da presidente, o que acabou influenciando na elevação do endividamento da companhia.

Alta do preço do petróleo

Os contratos futuros de petróleo bruto WTI subiam 1,02% ou 60 centavos, sendo negociados a 58,63 dólares por barril às 13h49, depois de subirem `s máxima de US$ 59,48 anteriormente.

Os contratos futuros de referência global Brent subiam 1,81%, a US$ 64,75 por barril, mas abaixo da máxima de de US$ 65,56.

Os ataques que derrubaram cerca de metade da produção de petróleo saudita limitaram severamente a capacidade ociosa do país, um seguro para os mercados de petróleo em qualquer interrupção não planejada.

"Atualmente, a capacidade disponível global disponível é extremamente baixa após os ataques do final de semana, deixando pouco espaço para interrupções adicionais, o que tende a dar suporte aos preços", disse o analista de petróleo do UBS Giovanni Staunovo.

No início desta semana, a Arábia Saudita disse que a produção voltará aos níveis normais em duas a três semanas, o que significa restaurar a produção para cerca de 10 milhões de barris por dia.

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Mas investidores e analistas estão céticos, enquanto a falta de transparência sobre os estoques sauditas aumenta a incerteza sobre se Riade pode manter o mercado abastecido sem interrupções.

Gary Ross, fundador da Black Gold Investors e especialista veterano no setor de petróleo, disse que é difícil não acreditar que Riad esteja sendo "excessivamente otimista" em sua linha do tempo, devido às medidas sauditas para adiar cargas e reduzir as operações de petróleo em suas instalações de petróleo. "A tensão está chegando", disse ele.

A Arábia Saudita, principal exportadora de petróleo do mundo, disse que o ataque paralisante a seus locais de petróleo foi "inquestionavelmente patrocinado" pelo rival regional Irã, que negou envolvimento nos greves acontecimentos.

As preocupações com as tensões geopolíticas no Oriente Médio continuaram em destaque após comentários do ministro das Relações Exteriores do Irã Mohammad Javad Zarif no Twitter na quinta-feira.

Zarif sugeriu que as acusações contra o Irã eram "um ato de guerra", com o objetivo de enganar o presidente dos EUA, Donald Trump, em entrar em uma guerra contra o Irã.

Trump disse que havia muitas opções antes da guerra com o Irã e ordenou que o Tesouro dos EUA "aumentasse substancialmente as sanções" contra Teerã.

Enquanto isso, o relatório semanal de quarta-feira da Administração de Informação de Energia sobre os estoques de petróleo nos EUA forneceu um quadro instantâneo misto.

Os estoques de petróleo bruto subiram 1,1 milhão de barris na semana passada, contra as expectativas dos analistas de uma queda de 2,5 milhões de barris.

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No entanto, as ações em Cushing, Oklahoma, ponto de entrega de futuros de referência, caíram para o menor nível desde outubro de 2018.

--A Reuters contribuiu para esta matéria.

Últimos comentários

Teremos pagar conta essa política nefasta mantida governo passado
Viva Alá !!!! Raschimann
Cadê a OPEP? Os ataques foram na Arábia, quem apurou a gravidade dos ataques foi a Arábia, a acusação vem da Arábia, o julgamento vem dos EUA e a “execução da sentença” sob forma de pressão economica vem dos EUA. (Ironia) Ainda há dúvidas da imparcialidade de tudo isso sobre o Irã? A apuração foi justa? Enfaticamente, Arábia e EUA tem interesses neste suspense de mercado: Arabia (visa ser o centro das atenções da comodite que está cambaleante no cenário internacional). O presidente americano quer ganhar votos no combate ao “terrorismo”. Onde está a verdade? Alguém ouviu o réu? Cadê a defesa “abafada” do Irã? Cadê a atuação imparcial de países neutros? Cadê a OPEP? Como a Arabia (país extremamente bélico) deixou ser alvo tão fácil na comodite base da sua economia? Quem atacou realmente iranianos, rebeldes houthis, iemenitas ou mercenários do mercado querendo a alta da comodite? Não importa nada disso, pois a comodite está em alta. Teatro da crise diplomatica para as eleições americana.
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