SÃO PAULO (Reuters) - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a projeção de carga de energia do sistema interligado brasileiro em maio, bem como as expectativas de chuva nas regiões das hidrelétricas, principal fonte de geração do país, segundo relatório nesta sexta-feira.
A perspectiva de menores precipitações vem após o final do chamado período úmido nas áreas das usinas hídricas, que vai de novembro a abril, o que deve elevar o custo de operação do sistema elétrico, segundo o ONS.
A expectativa do órgão do setor de energia agora é de que a carga, que representa a soma do consumo com as perdas na rede, cresça 2,7 por cento ante maio passado, contra uma previsão anterior de alta de 2,9 por cento.
Já as projeções de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas foram reduzidas para todas as regiões, exceto o Nordeste, onde ficou estável.
No Sudeste, onde concentram-se os principais reservatórios, as precipitações deverão ficar em 78 por cento da média histórica em maio, contra expectativa anterior de 81 por cento, segundo o ONS.
No Norte e no Sul, as previsões caíram para 84 por cento e 48 por cento da média, respectivamente, frente a 88 por cento e 49 por cento anteriormente. A previsão para o Nordeste manteve-se em 37 por cento da média.
A menor expectativa de chuvas deve exigir o acionamento de mais termelétricas na próxima semana, segundo a projeção do ONS para o chamado custo marginal de operação do sistema (CMO), que geralmente representa o custo de operação da termelétrica mais cara com acionamento programado para atender à demanda.
A previsão do ONS para o CMO da próxima semana agora é de 306,37 reais por megawatt-hora no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, contra 291,87 reais na semana anterior. No Nordeste o CMO previsto é de 171,78 reais e no Norte de 114,90 reais, contra 153,47 reais e 8,24 reais na semana anterior.
(Por Luciano Costa)