Por Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - A Opep cortou nesta terça-feira sua previsão de crescimento da demanda mundial por petróleo em 2022, citando o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia, o aumento da inflação à medida que os preços da commodity disparam e o ressurgimento da variante Ômicron do coronavírus na China.
Em um relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse que a demanda mundial aumentaria 3,67 milhões de barris por dia (bpd) em 2022, uma queda de 480.000 bpd em relação à previsão anterior.
Mesmo assim, espera-se que o consumo mundial de petróleo ultrapasse a marca de 100 milhões de bpd no terceiro trimestre, conforme previsto pela Opep. De acordo com o grupo, o último ano em que o consumo mundial anual superou 100 milhões de bpd de petróleo foi em 2019.
A Opep disse que a inflação é o principal fator que impacta a economia mundial e reduziu a previsão de crescimento econômico deste ano para 3,9%, de 4,2%, acrescentando que há chance de um novo corte.
Após a publicação do relatório, o petróleo Brent reduziu brevemente o ganho que registrava. A cotação subia mais de 6%, para 104,60 dólares o barril, às 11h45 (horário de Brasília).