A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) concordou em estender os cortes na produção de petróleo até 2025 e definiu um cronograma para a redução gradual com início neste ano. O acordo foi celebrado no domingo (3.jun.2024) em Riade, capital da Arábia Saudita.
O grupo formado por Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã reduz a produção de petróleo desde 2022 para segurar o preço do commodity. Hoje, o corte soma 5,86 milhões de barris por dia, o equivalente a cerca de 5,7% da demanda global.
O aumento do estoque, o crescimento mais lento do consumo na China –o maior mercado petrolífero do mundo– e juros altos são alguns dos fatores que ajudaram a segurar o preço do brent em US$ 80 por barril. O valor, no entanto, está abaixo do que alguns países do grupo pretendem.
Na 6ª feira (31.mai), os futuros do brent fecharam em US$ 81,62 por barril, uma queda de 7,1% no mês.
As medidas anunciadas no domingo (2.jun) serão feitas gradativamente. Leia quais são:
- prolongar os cortes de 3,66 milhões de barris por dia até ao final de 2025;
- prolongar os cortes de 2,2 milhões de barris por dia por 3 meses, até ao final de setembro de 2024;
- a partir de outubro de 2024, os cortes de 2,2 milhões de barris por dia serão reduzidos aos poucos ao longo de 1 ano.
“Esperamos que as taxas de juros caiam e que haja uma trajetória melhor no que diz respeito ao crescimento econômico, e não bolsões de crescimento aqui e ali”, disse o ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, em entrevista a jornalistas.