Investing.com – Os futuros de ouro atingiram os níveis mais altos da sessão hoje (10/9), uma vez que os investidores monitoraram os movimentos voláteis nos mercados de ações mundiais.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro, com vencimento em dezembro, subiu US$ 7,40, ou 0,67%, e foi negociado a US$ 1.109,40 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã.
Os ganhos do ouro surgiram uma vez que futuros norte-americanos apresentaram quedar em meio a preocupações com o lento crescimento global.
Durante as primeiras horas da manhã em Nova York, os futuros do Dow despencaram 91 pontos, ou 0,56%, após terem subido 150 pontos no início do dia. Na quarta-feira, o Dow Jones perdeu 240 pontos, liderado por quedas nas ações da Apple (NASDAQ:AAPL) e empresas de energia, que caíram junto com os preços do petróleo.
Antes dos dados, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com novo pedido de seguro-desemprego caiu em 6.000 para 275.000 na semana passada, do total revisado da semana anterior de 281.000.
Os novos pedidos de seguro-desemprego têm permanecido abaixo do nível de 300.000 durante 27 semanas consecutivas, geralmente associado a um fortalecimento do mercado de trabalho.
Na véspera, o ouro caiu para US$ 1.100,10, um nível não visto desde 11 de agosto, após dados terem mostrado que a quantidade de vagas de emprego nos EUA alcançou o nível mais alto já registrado em julho.
O relatório impulsionou o otimismo relacionado com a saúde do mercado de trabalho e apoiou a justificativa de um aumento das taxas na reunião de 16-17 de setembro do Banco Central dos EUA (Fed).
O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses.
O ouro atingiu uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 no dia 24 de julho, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros em setembro, pela primeira vez desde 2006.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em dezembro subiu 0,8 centavos, ou 0,34%, e foi negociado a uma alta de sete semanas de US$ 2,445 por libra na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), não muito longe de uma alta de sete semanas alcançada na quarta-feira.
Os ganhos do cobre surgiram após os fracos dados de inflação da China terem reforçado os pontos de vista de que Pequim vai liberar novas medidas de apoio, em breve, para a segunda maior economia do mundo.
Os dados do governo mostraram que os preços ao produtor da China caíram para um nível mais alto do que o esperado de 5,9% em agosto, a 42ª queda mensal consecutiva e a pior leitura desde outubro de 2009.
Os preços ao consumidor subiram 2,0% no mês passado, acima das expectativas para 1,8% e acima dos 1,6% em julho. A inflação não relacionada com alimentos permaneceu moderada em 1,1%, inalterada face ao mês anterior.
Os dados de inflação fracos somaram-se à especulação de que os legisladores em Pequim terão que inserir novas medidas de estímulo para apoiar a economia e impulsionar o crescimento.
Dados comerciais na terça-feira mostraram que as importações da China contraíram muito mais do que o esperado em agosto, caindo pelo 10º mês consecutivo. Uma desaceleração na demanda doméstica indicou que a recuperação da economia como um todo continua frágil e pode precisar de mais estímulo do governo.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.