Por Barani Krishnan
Investing.com - O ouro atingiu a mínima em um mês, chegando a ser cotado abaixo dos US$ 1.850 a onça na segunda-feira. A baixa ocorrem com especuladores realizando operações de short com o metal como resultado da crescente convicção de que o Federal Reserve indicará em sua reunião de política monetária desta semana algum tipo de calendário para a reversão de sua compra de ativos em apoio à economia dos Estados Unidos.
No entanto, o metal dourado diminuiu as perdas após a abertura da bolsa de Nova York. Os contratos futuros do ouro para um mês negociados na Comex de Nova York caíam 0,72% a US$ 1.866,15 por onça às 14:39. O mínimo do pregão foi US$ 1.846,20, valor mais baixo desde maio de 2016.
A queda veio após uma terceira perda semanal consecutiva para o ouro, e reduziu em US$ 55, ou quase 3%, o preço do ouro Comex desde a semana encerrada em 21 de maio.
O preço à vista do ouro, reflexo das negociações em tempo real do metal precioso, caía 0,71% a US$ 1.864,33, chegando a uma mínima no pregão de US$ 1.844,95 mais cedo.
Investidores e gestores de fundos por vezes decidem a direção para o ouro olhando para o preço à vista — que reflete o metal para a entrega imediata — em vez dos preços futuros.
Apesar do mercado do ouro em venda, os rendimentos em 10 anos dos títulos do Tesouro Americano e o índice do dólar estavam ambos em queda, reduzindo em parte a crença nos rumores de reversão.
O Federal Reserve vem reiterando que as altas de preços no curto prazo não se traduzirão numa inflação duradoura, e a expectativa é que o presidente Jerome Powell mantenha esta posição e tranquilize os mercados de que a política do Fed permanecerá flexível.
A maioria dos analistas não antecipa que o banco central começará discutir a redução de seu programa de compra de ativos antes de sua conferência anual em Jackson Hole, Wyoming, no final de agosto.
Mesmo assim, os investidores farão uma leitura cuidadosa da declaração do Fed na quarta-feira, ao final da sua reunião de política monetária de dois dias, realizada num cenário de preocupações persistentes sobre o aumento da inflação e seu potencial em levar o banco central a reduzir sua compra mensal de ativos mais rápido do que se pensava.
Em jogo estão US$ 80 bilhões em obrigações do Tesouro e US$ 40 bilhões em títulos hipotecários que o Fed vem comprando desde o início da pandemia de covid-19 no ano passado. Uma decisão maior para o Fed será quando aumentar as taxas de juro, que têm se mantido entre zero e 0,25% durante mais de um ano enquanto os Estados Unidos lutavam contra a pandemia.