Investing.com – Os futuros de ouro apresentaram alta nesta segunda-feira em meio a um dólar relativamente estável, uma vez que o momento para um aumento das taxas de juros por parte do Banco Central dos EUA (Fed) e a longa crise no mercado de ações da China permaneceram em foco.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro oscilou entre US$ 1.102,60 e US$ 1.108,90 por onça troy nas calmas negociações, antes de ser negociado em US$ 1.109,30, uma alta de 6,00 ou 0,55% na sessão. As negociações foram fracas nesta segunda-feira devido ao Rosh Hashaná, a celebração do Ano Novo judaico. Os futuros do ouro fecharam em alta em quatro das últimas seis sessões. Anteriormente, o metal precioso fechou no vermelho em 12 das 14 sessões até 7 de setembro, em meio ao crescente sentimento para uma subida das taxas. Na semana passada, o ouro atingiu uma baixa mensal após uma acentuada onda de vendas de mais de 1,6% na quarta-feira. Ainda assim, o ouro tem-se mantido bastante estável no último mês, perdendo apenas aproximadamente 1% em valor desde 14 de agosto.
Espera-se que o ouro ganhe apoio em US$ 1.098,20, a baixa de 11 de setembro, e resistência em US$ 1.140,40, a alta de 2 de setembro.
Os investidores esperam a tão aguardada reunião de dois dias do Federal Open Market Committee (FOMC), que começa na quarta-feira, onde o banco central norte-americano pode aumentar as taxas de juros pela primeira vez em quase uma década. A taxa de referência do Fed, que os bancos usam para outras instituições sobre os empréstimos overnight, permaneceu em seu nível atual entre zero e 0,25% desde dezembro de 2008.
Nos últimos meses, a presidente do Fed, Janet Yellen, indicou que o FOMC terá uma "abordagem orientada a dados", quanto à normalização política, observando atentamente a força da economia e os mercados de trabalho, uma vez que influenciam a decisão. Em agosto, as folhas de pagamento aumentaram 173.000, abaixo das estimativas de um ganho de 223.000. A taxa de desemprego, no entanto, caiu para 5,1%, o menor nível desde abril de 2008, antes do início da crise financeira.
O ouro, que não está vinculado a dividendos ou às taxas de juros, esforça-se para competir com ativos de alto rendimento em períodos de aumento de taxas de juros.
O Fed também supostamente continua preocupado que a fraqueza na economia chinesa pode ter um efeito que transborde para os mercados globais em geral, possivelmente forçando-o a manter a taxa em seu nível atual. No fim de semana, o governo chinês divulgou dados decepcionantes, ilustrando que a produção fabril e os investimentos em ativos fixos no mês passado foram mais fracos do que o esperado. Os dados mais recentes fornecem mais indicações de que a segunda maior economia do mundo pode deixar de cumprir a sua expectativa anual para a meta de crescimento de 7% para 2015.
A China é o maior produtor mundial de ouro e o segundo maior consumidor, ficando atrás da Índia.
O índice do dólar, que acompanha a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu mais de 0,10% nesta segunda-feira, para uma alta diária de 95,62, antes de recuar para 95,39, nas negociações norte-americanas da tarde. As commodities denominadas em dólar, como o ouro, tornam-se mais caras para os compradores estrangeiros quando o dólar é valorizado.
A prata com vencimento em dezembro caiu 0,125 ou 0,86%, para 14,380 a onça.
O cobre com vencimento em dezembro caiu 0,0048, ou 1,94%, sendo negociado a 2,406 por libra.