Investing.com – Os preços do ouro atingiram os níveis mais baixos da sessão nesta quarta-feira, após dados terem mostrado que os pedidos de bens duráveis subiram inesperadamente em julho, impulsionando o otimismo com a saúde da economia e apoiando um aumento das taxas de juros dos EUA neste ano.
Os futuros de ouro, com vencimento em dezembro, caíram US$ 14,20, ou 1,25%, na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e foram negociados a US$ 1.124,10 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, após terem atingido uma baixa diária de US$ 1.123,20.
O Departamento do Comércio dos EUA informou que os pedidos totais de bens duráveis, que incluem itens de transporte, aumentaram 2,0% no mês passado, em comparação com as expectativas para uma queda de 0,4%. Os pedidos de bens duráveis em junho foram revistos para um ganho de 4,1%, de um aumento de 3,4% previsto anteriormente.
Os bens duráveis são tipicamente produtos grandes ou pesados projetados para durar três anos, tais como trens, aviões e automóveis.
Os pedidos de bens duráveis, que excluem itens voláteis de transporte, subiram 0,6%, acima das projeções para um ganho de 0,4%. Os pedidos de bens duráveis subiram por um valor revisado de 1,0% em junho.
Os pedidos brutos de bens de capital, um barômetro essencial do investimento nos negócios do setor privado, subiram 2,2% no mês passado, acima das expectativas para um ganho de 0,4%.
As remessas de bens de capital, uma categoria utilizada para calcular o crescimento econômico trimestral, subiram 0,6%, ultrapassando as projeções para um ganho de 0,4%.
Os dados otimistas devem reforçar as expectativas de um aumento das taxas de juros pelo Banco Central dos EUA (Fed) já no próximo mês. O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 1,05%, para 94,90, no início do dia.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro caiu 5,5 centavos, ou 2,4%, e foi negociado a US$ 2,258 por libra durante as negociações da manhã na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
Após o encerramento das negociações nos mercados chineses na quarta-feira, o banco central da China disse que vai injetar 140 bilhões de yuans, ou US$ 21,8 bilhões, no sistema financeiro em um esforço para aumentar a liquidez.
As ações chinesas lutaram com grande esforço nesta quarta-feira, uma vez que as preocupações sobre se Pequim tinha feito o suficiente para estimular sua economia em desaceleração permaneceram na mente dos investidores.
Após uma sessão conturbada entrando e saindo do vermelho, o Shanghai Composite encerrou em 1,3%, refletindo os pontos de vista dos investidores de que era necessário muito mais apoio do governo e do banco central.
A China cortou as taxas de juros e reduziu as reservas obrigatórias para grandes bancos na terça-feira, em um movimento muito antecipado que alguns do mercado acreditavam que estava muito atrasado.
As recentes quedas acentuadas nos mercados acionários chineses provocaram temores contra uma aceleração de uma crise econômica e têm diminuído a confiança dos investidores na capacidade do governo de revitalizar o crescimento econômico.
A turbulência nos mercados começou quando a China inesperadamente desvalorizou o yuan em 11 de agosto, o que provocou temores com a situação da economia.
A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.