Investing.com – Os futuros do ouro subiram hoje, ampliando os ganhos da sessão anterior, uma vez que o dólar ficou mais fraco em meio a uma série de dados econômicos fracos dos EUA.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em junho, subiram US$ 6,20, ou 0,52%, sendo negociados a US$ 1.193 por onça, ficando perto do nível de US$ 1.200. Ouro ficou abaixo de US$ 1,175 durante uma semana volátil de negociação na semana passada antes de se recuperar nas duas últimas sessões. Desde 1 de abril, os futuros de ouro têm mantido um padrão entre US$ 1.170 na baixa e US$ 1.215 na alta.
O déficit comercial dos EUA em março atingiu o nível mais alto em mais de seis anos, uma vez que uma disputa trabalhista prolongada em portos da Costa Oeste e um dólar mais forte pesou sobre o comércio exterior. Em seu relatório mensal, o Departamento de Comércio dos EUA disse que o déficit comercial do país subiu 43,1% para US$ 51,4 bilhões, seu nível mais alto desde o outono de 2008. O aumento percentual também foi o maior desde dezembro de 1996. O ouro alcançou uma alta da sessão de 1.199 após a divulgação.
Quando ajustado para a inflação, o déficit aumentou US$ 16 bilhões para US$ 67,2 bilhões em março, acima dos US$ 51,2 bilhões no mês anterior. As exportações em março subiram para US$ 187,8 bilhões, ao passo que as importações dispararam em mais de US$ 17 bilhões, para US$ 239,2 bilhões no mês.
Impulsionados pelas importações de bens domésticos e celulares, os bens de consumo aumentaram em US$ 9.00 bilhões em março. Embora os EUA tenha informado superávit no comércio com a América Central (US$ 2,9 bilhões), a OPEP ( US$ 0,7 bilhão) e o Brasil (US$ 0,4 bilhão), o país registrou défict com a China (US$ 37,8 bilhões), União Europeia (US$ 11,0 bilhões), Japão (US$ 6,3 bilhões), Alemanha (US$ 5,6 bilhões) e México (US$ 4,8 bilhões).
O índice do dólar, que acompanha a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu para 95,20 após a divulgação de dados, após subir para 96,10 no início da sessão. Nas negociações norte-americanas da tarde, o índice avançou até 95,24. As commodities denominadas em dólar, como o ouro, tornam-se mais caras para os compradores estrangeiros quando o dólar é valorizado.
A aumento do déficit da balança comercial tem levado a crescente preocupação de uma contração na economia no primeiro trimestre. Na semana passada, o Departamento de Comércio informou que o PIB do primeiro trimestre subiu 0,2%, em consonância com as estimativas do Banco Central de Atlanta. Um aumento nas exportações, refletindo um dólar mais forte, serviu como um forte impulso ao crescimento do PIB, disse o Departamento de Comércio.
Após a reunião de abril, na semana passada, o Federal Open Market Committee reiterou que terá uma abordagem voltada à dados para indicar o momento do sue primeiro aumento das taxas de juros desde o fim da crise financeira.
O ouro, que não está vinculado a dividendos ou às taxas de juros, esforça-se para competir com ativos de alto rendimento em períodos de taxas de juros mais elevadas.
Em outros lugares, o índice de gerentes de compra (PMI) da Markit caiu para 57,4 em abril, abaixo de uma leitura preliminar de 57,8 no início do mês. Em março, o PMI subiu para 59,2, o nível mais alto desde agosto. Separadamente, o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) informou que seu índice de gerentes de compra (PMI) para o setor não industrial subiu para 57,8 no mês passado, acima das projeções para uma leitura de 56,2 e acima de 56,5 em março.
A prata com vencimento em julho subiu 0,087 ou 0,53%, para 16,528 por onça-troy.
Enquanto isso, o cobre atingiu uma alta anual, uma vez que os futuros de julho subiram 0,011, ou 0,39%, sendo negociado a US$ 2,932 por libra em meio a forte demanda global.