Investing.com – Os preços do ouro foram negociados em uma baixa de quatro semanas nesta segunda-feira, uma vez que os investidores continuaram cortando as participações do metal precioso devido às expectativas para uma política monetária mais rígida nos Estados Unidos.
O ouro, com vencimento em dezembro, caiu US$ 3,30, ou 0,29%, na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e foi negociado a US$ 1.138,10 por onça-troy nas negociações europeias da manhã. No início do dia, os preços caíram para US$ 1.133,70, o nível mais baixo desde 5 de outubro.
Os preços do metal precioso perderam US$ 23,60, ou 1,87%, na semana passada, a maior queda em nove semanas, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode aumentar as taxas de juros ainda neste ano.
O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses. O banco central norte-americano tem mais uma reunião de política agendada antes do final do ano, na metade de dezembro.
O ouro operou em alta em outubro, uma vez que as preocupações com uma desaceleração econômica mundial liderada pela China e seu impacto sobre as perspectivas de crescimento dos Estados Unidos levaram os participantes do mercado a diminuir as expectativas para um aumento das taxas até março de 2016.
Mas a declaração agressiva do banco central norte-americano na semana passada provocou uma onda de vendas no mercado do ouro.
As expectativas de um aumento da taxa de empréstimo no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Nos EUA, o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) deve divulgar dados sobre a atividade industrial referente ao mês de outubro às 10h, horário do leste, em meio às expectativas para uma leve queda.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em dezembro caiu 0,8 centavos, ou 0,35%, e foi negociado em uma baixa de quatro semanas de US$ 2,309 por libra durante as negociações da manhã na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
Os preços do cobre estavam sob pressão nas últimas sessões, uma vez que as preocupações persistentes com a demanda futura do maior consumidora, a China, pesaram.
O índice de gerentes de compras final Caixin para setor industrial referente ao mês de outubro divulgado no início do dia avançou para 48,3, de uma baixa de seis anos e meio de 47,2 em setembro.
Apesar do pequeno aumento modesto, a atividade ainda contraiu pelo oitavo mês consecutivo, alimentando os temores de que a economia ainda pode estar perdendo força apesar de uma série de medidas de estímulo nos últimos meses.
Enquanto isso, o índice oficial de gerentes de compra (PMI) para o setor industrial da China publicado no domingo permaneceu estável em 49,8 em outubro, o nível mais fraco desde agosto de 2012. Os analistas esperavam que o índice subisse para 50,0 no mês passado.
Uma leitura abaixo de 50,0 indica contração da indústria. Os traders de cobre consideraram a atividade industrial chinesa como um indicador da demanda de cobre da nação, uma vez que o metal vermelho é amplamente utilizado pelo setor.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.