O contrato mais líquido do ouro fechou nesta terça-feira, 22, em leve alta, em dia de poucos drivers, sustentando pela desvalorização do dólar ante rivais, moeda na qual a commodity é cotada, e na expectativa de um alta mais suave nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e outros BCs.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,02%, a US$ 1.739,9 por onça-troy.
Segundo análise da TD Securities, a tendência negativa dos mercados de risco não alcançou os metais preciosos, se convertendo em um notável fluxo de compra nos mercados do metal. Segundo análise, as mudanças se desenvolvem em direção a uma "configuração atraente para os que esperam altas de metais preciosos".
No radar dos investidores, também esteve as perspectivas do Fed para o aumento de juros na próxima reunião. Nesta terça, a presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que a estabilidade de preços é o foco da autoridade monetária americana.
Segundo o Credit Suisse (SIX:CSGN), o apetite por ouro deve melhorar à medida que as taxas de juros aumentam, com as ações se tornando menos atraentes para os investidores. "No início de 2023, a demanda por commodities cíclicas cujos preços mudam com base na economia como um todo pode ser fraca, mas como os bancos centrais deixam as taxas em um nível mais alto, o cenário para o ouro deve melhorar."
O CME Group apontava nesta tarde a chance de 75,8% do Fed elevar as taxas de juros em 50 pontos-base (pb) na sua reunião de dezembro, um número menor que o registrado na segunda-feira, de 80,6%.
*Com informações de Dow Jones Newswires