O ouro recuperou parte das perdas dos últimos dias, mas ainda assim registrou a maior queda semanal em mais de três meses, fechando abaixo dos US$ 2.000 por onça-troy. A commodity foi afetada pelo otimismo em torno de um possível acordo da dívida dos EUA e pela possível continuidade no aperto monetário por parte do Federal Reserve.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para em junho fechou a US$ 1981,60 a onça-troy, alta de US$ 21,80, ou 1,1% na sessão. Os preços do contrato mais ativo caíram 1,9% na semana, a maior perda semanal desde a semana encerrada em 1º de fevereiro.
Em análise, Edward Moya, da Oanda, aponta que o teto da dívida dos EUA pôs fim à imprevisibilidade do preço do ouro que marcou as últimas semanas. Ele aponta que a queda no preço da commodity foi motivado pelo aumento dos rendimentos do Tesouro americano após o discurso hawkish de dirigentes do Federal Reserve, e à medida que os temores de recessão diminuem.
Porém, mesmo em cenário de queda, Moya pondera que o valor do ouro pode se recuperar nos próximos dias. "O ouro continua sendo um porto seguro favorito e se as negociações do teto da dívida continuarem difíceis, os preços podem facilmente se estabilizar acima do nível de US$ 2.000 na próxima semana", diz.
*Com informações da Dow Jones Newswire