O contrato mais líquido do ouro fechou em leve alta nesta terça-feira, 7, em sessão na qual o metal recuperou parte das perdas recentes, mas segue ainda com dificuldades para se consolidar em meio a uma menor busca por refúgios seguros, seguindo o noticiário da pandemia. Analistas esperam a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em novembro na próxima sexta-feira, 10, para avaliar melhor quais deverão ser os direcionamentos do mercado.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro avançou 0,29%, a US$ 1.784,70 por onça-troy.
"Os preços do ouro estão lutando contra a demanda por refúgios seguros, já que os primeiros dados sugerem que os casos da variante ômicron do coronavírus permanecem moderados por natureza", aponta Edward Moya, analista da Oanda.
Além disso, o Commerzbank lembra que a forte queda no fim de semana sofrida pelo bitcoin, que alguns participantes do mercado veem como uma alternativa ao ouro, até agora não trouxe qualquer impulso ao preço do metal nesta semana.
"O ouro enfrentará seu verdadeiro teste no final desta semana, quando um relatório de inflação ao consumidor alta poderá selar o acordo para uma redução mais rápida e agressiva dos estímulos pelo Federal Reserve (Fed)", aponta Moya.
O analista espera que o metal pode consolidar-se entre a faixa de negociação de US$ 1,75 mil e US$ 1,8 mil a onça-troy. Na visão do Commerzbank, no momento falta apoio de investidores financeiros para o mercado, e será difícil o ouro retomar a marca de US$ 1,8 mil.