Os contratos futuros do ouro fecharam em queda nesta sexta-feira, 2, na esteira das preocupações com uma possível recessão na economia norte-americana. O metal chegou a reagir em alta ao payroll mais fraco que o esperado, diante da expectativa por cortes de juros, mas em seguida sucumbiu à liquidação observada nos mercados em geral.
Na Comex, o ouro para dezembro encerrou em baixa de 0,44%, a US$ 2.469,80 a onça-troy, mas subiu 3,73% na semana, em meio a tensões geopolíticas.
Nos últimos meses, a expectativa por corte de juros na economia americana vinha impulsionando os ganhos do ouro. Porém, a leitura do payroll de julho divulgada nesta sexta veio muito abaixo da expectativa e causou uma intensa liquidação nos mercados globais, que acabou por contaminar também o mercado do ouro, com investidores buscando compensar suas demais perdas.
Pela manhã, os preços chegaram a subir e atingiram máxima histórica, estendendo os ganhos da quinta. Mas o valor não se manteve, conforme investidores avaliavam os riscos de recessão nos EUA.
Na visão da US Mynt, o rali recente do metal também limitou o movimento nesta sexta, e investidores venderam suas posições em realização de lucros.
O TD Securities, por sua vez, destaca que os mercados globais estão no momento mais vulnerável do ano até agora, e isso pode não ser tão positivo para o ouro, principalmente caso as tensões geopolíticas se atenuem. Neste caso, investidores podem vender suas posições em ouro, avalia o banco canadense.