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Ouro opera em baixas da sesão após dados de vendas no varejo dos EUA

Publicado 13.08.2015, 09:52
© Reuters.
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Investing.com – Os preços do ouro atingiram os níveis mais baixos da sessão nesta quinta-feira, após dados terem mostrado que as vendas no varejo dos EUA subiram mais que o esperado em julho, impulsionando o otimismo com a saúde da economia e apoiando um aumento das taxas de juros dos EUA.

Os futuros de ouro, com vencimento em dezembro, caíram US$ 9,40, ou 0,84%, na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e foram negociados a US$ 1.114,20 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, antes de terem atingido uma alta da sessão de US$ 1.126,30, o nível mais alto desde 20 julho.

O Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo subiram 0,6% no mês passado, superando as expectativas por um aumento de 0,5%. As vendas no varejo de junho foram revisadas para um leitura estável, de uma quede de 0,3% relatada anteriormente.

O aumento das vendas no varejo ao longo do tempo se correlaciona com um crescimento econômico maior, ao passo que vendas mais fracas sinalizam uma economia em declínio.

As vendas no varejo, que excluem as vendas de automóveis, aumentaram 0,4% em julho, correspondendo com as projeções. As vendas no varejo em junho aumentaram 0,4%, cujos números foram revistos em relação a uma queda relatada anteriormente de 0,1%.

As vendas correspondem mais com o componente de gastos do consumidor do relatório de produto interno bruto (PIB) do governo. Os gastos dos consumidores respondem por até 70% do crescimento econômico dos EUA.

Ao mesmo tempo, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com novo pedido de seguro-desemprego subiu na semana passada em 5.000, para 274.000, do total da semana anterior de 269.000. Os analistas esperavam que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentassem de 1.000 para 270.000 na semana passada.

Os novos pedidos de seguro-desemprego têm permanecido abaixo do nível de 300.000 durante 23 semanas consecutivas, geralmente associado a um fortalecimento do mercado de trabalho.

Os dados otimistas reforçaram o caso para um aumento das taxas nos EUA neste outono. O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,5% para 96,76, saindo das baixas de um mês de quarta-feira de 95,94.

Na véspera, o ouro subiu US$ 15,90, ou 1,44%, sendo negociado em US$ 1.123,60, o quinto dia consecutivo de ganhos, uma vez que a ação surpresa da China de desvalorizar sua moeda alimentou as esperanças de que o Banco Central dos EUA (Fed) pudesse adiar o aumento das taxas de juros até o final de 2015.

O Banco Popular da China tranquilizou os mercados que não vai continuar desvalorizando o yuan, diminuindo as preocupações com uma guerra cambial que poderia desestabilizar a economia mundial.

No início do dia, o banco central disse em uma coletiva de imprensa acompanhada de perto que não havia base para uma maior depreciação do yuan, devido aos fortes fundamentos econômicos da China.

A China permitiu que o yuan fosse operado em forte queda para atingir o nível mais baixo desde outubro de 2012. A queda acentuada levantaram preocupações de que a China pode permitir que a desvalorização do yuan continue, alimentando temores com uma guerra cambial, uma vez que Pequim tem como objetivo tornar as exportações da nação mais competitivas mundialmente.

Alguns traders acreditam que o Fed poderia adiar o aumento das taxas de juros até setembro, em resposta ao movimento de desvalorização da moeda da China, uma vez que as autoridades provavelmente continuarão preocupadas com as pressões mundiais referentes ao crescimento e à inflação.

O ouro atingiu uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 no dia 24 de julho, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros em setembro, pela primeira vez desde 2006. Mas os preços desde então se recuperaram quase 4,5% com esperanças para um adiamento da alta das taxas nos EUA.

Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro caíram 14,1 centavos, ou 0,91%, para US$ 15,33 por onça.

Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro caiu 0,1 centavo, ou 0,03%, e foi negociado a US$ 2,349 por libra durante as negociações da manhã na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).

O cobre atingiu uma baixa de seis anos de US$ 2,292 na quarta-feira, uma vez que as crescentes preocupações com a saúde da economia da China resultaram na queda dos preços.

Dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que a produção industrial da China aumentou a uma taxa anual de 6,0% em julho, decepcionando as expectativas para um aumento de 6,6%.

Os números divulgados no fim de semana mostraram que as exportações chinesas caíram 8,3% em julho, a maior queda em quatro meses, ao passo que os preços ao produtor atingiram uma baixa de seis anos.

A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.



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