Ouro renova máxima com tensão comercial e apostas de corte de juros nos EUA

Publicado 13.03.2025, 13:24
© Reuters.

Investing.com – O ouro atingiu uma nova máxima nesta quinta-feira, após a divulgação de dados de inflação mais fracos nos EUA, o que reforçou apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), ao mesmo tempo em que manteve o apelo do metal como ativo de proteção, em meio a novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump.

O ouro à vista subia 1,50%, negociado a US$ 2.991,00 por onça por volta das 13h15 de Brasília.

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O índice de preços ao consumidor (IPC) nos EUA avançou 0,2% em fevereiro, acumulando alta de 2,8% nos últimos 12 meses, abaixo da projeção de 2,9% e desacelerando em relação aos 3,0% registrados em janeiro.

Além disso, o índice de preços ao produtor (IPP), apesar de ter se mantido estável em fevereiro, desacelerou na comparação anual, de 3,7% em janeiro para 3,2% no mês passado.

Esse arrefecimento da inflação fortaleceu as expectativas de que o Federal Reserve possa reduzir os juros em breve. O mercado atualmente precifica três cortes em 2025, com o primeiro esperado para junho, de acordo com a ferramenta Fedwatch.

A perspectiva de juros mais baixos reduz o custo de oportunidade de manter ativos sem rendimento, como o ouro, tornando-o mais atraente para investidores.

O Fed realizará sua próxima reunião nos dias 18 e 19 de março para definir a política monetária.

As incertezas em torno da política comercial dos EUA também reforçaram a busca por ouro como ativo de proteção.

Na quarta-feira, Trump ameaçou impor novas tarifas sobre produtos da União Europeia caso o bloco leve adiante seus planos de retaliação contra os EUA.

A escalada ocorre logo após a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações americanas de aço e alumínio, medida que deteriorou as relações com parceiros comerciais importantes.

O Canadá respondeu com tarifas retaliatórias sobre US$ 21 bilhões em importações dos EUA, incluindo aço e alumínio, além das tarifas de 25% já existentes.

O índice do dólar ficou estável durante as negociações na Ásia, mas permanece próximo da mínima de quatro meses registrada na semana passada, em meio a temores de recessão.

Enquanto o ouro avançava, outros metais preciosos operavam em baixa. Os contratos futuros da platina recuavam 0,7%, para US$ 990,10 por onça, enquanto os futuros da prata caíam 0,4%, para US$ 33,593 por onça.

Cobre cai com possibilidade de novas tarifas

Os preços do cobre recuaram nesta quinta-feira após o governo Trump prometer incluir o metal na lista de produtos protegidos por tarifas comerciais.

Recentemente, Trump assinou uma ordem executiva para investigar se as importações de cobre representam ameaça à segurança nacional, o que pode levar à imposição de tarifas.

O contrato de referência do cobre na London Metal Exchange caiu 0,2%, para US$ 9.763,80 por tonelada, enquanto os futuros do cobre com vencimento em abril recuaram 0,2%, para US$ 4,8340 por libra-peso.

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