Ibovespa tem alta discreta com ajuda do setor financeiro; Braskem desaba

Publicado 26.09.2025, 17:04
Atualizado 26.09.2025, 17:43
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com uma alta discreta nesta sexta-feira, sustentada principalmente pelo setor financeiro, com destaque para B3, que avançou 2%, em pregão enfraquecido pela Vale com a queda do minério e pelo tombo de Braskem, que está avaliando opções para sua estrutura de capital.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,1%, a 145.446,66 pontos, tendo marcado 145.145,81 pontos na mínima e 146.234,55 pontos na máxima do dia. Na semana, perdeu 0,29%.

O volume financeiro somou apenas R$15,96 bilhões, bem abaixo da média diária do mês de R$22,6 bilhões, que é menor do que a média do ano, de R$23,8 bilhões.

De acordo com o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, a fraqueza de Vale e Petrobras acabou debilitando o Ibovespa, dado o peso relevante que têm no índice, mas o pregão também refletiu um pouco de "compasso de espera" para um possível encontro entre os presidentes dos EUA e Brasil.

Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu ao afirmar, durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, que havia se encontrado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva brevemente nos bastidores e que havia gostado do brasileiro, acrescentando que eles conversariam na próxima semana.

Dizendo-se "satisfeito" com a rápida conversa que teve com Trump na terça-feira após fazer seu discurso de abertura na ONU em Nova York, Lula confirmou na quarta-feira a possibilidade de uma reunião entre os dois nos próximos dias.

"Lula e Trump devem se encontrar para discutir sobre as tarifas (comerciais) e isso pode influenciar bastante o comportamento da bolsa", afirmou Mollo.

Em Wall Street, os principais índices acionários fecharam em alta, após dados de inflação dentro do esperado alimentarem as perspectivas de queda de juros nos Estados Unidos neste ano. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, registrou acréscimo de 0,59%.

Nos EUA, o índice de preços PCE, medida de inflação preferida do Fed, subiu 0,3% em agosto, depois de alta de 0,2% em julho. Nos 12 meses até agosto, o PCE avançou 2,7%, depois de ter subido 2,6% em julho.

 

DESTAQUES

- VALE ON caiu 1,92%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em queda de 1,74%. A mineradora disse na véspera que concluiu descaracterização de 18 barragens a montante.

- B3 ON avançou 2,08%, experimentando uma recuperação após cinco quedas consecutivas, período em que acumulou uma perda de mais de 5%.

- SANTANDER BRASIL UNIT valorizou-se 2,31%, tendo como pano de fundo também anúncio de programa de recompra de units. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,49%, BRADESCO PN avançou 0,51% e BANCO DO BRASIL ON fechou em alta de 1,47%.

- PETROBRAS PN cedeu 0,34%, sem conseguir acompanhar o sinal positivo nos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent encerrou o dia com elevação de 1,02%. A estatal afirmou à Reuters nesta sexta-feira que a licença para operar na Foz do Amazonas está próxima.

- BRASKEM PNA desabou 14,81%, para uma mínima desde março de 2015, após divulgar que contratou assessores financeiros e jurídicos para avaliar opções para sua estrutura de capital. Analistas do UBS BB também cortaram a recomendação das ações para neutra e o preço-alvo de R$15 para R$10.

- NATURA ON avançou 2,4%, no segundo pregão de alta, após uma sequência de quatro quedas, que fez a ação devolver boa parte da alta de quase 16,5% na última quinta-feira, quando anunciou a venda de negócios da Avon International.

- AMBIPAR ON, que não está no Ibovespa, disparou 18%, após fortes perdas recentes, em meio a preocupações com a solvência da companhia, que obteve nesta semana proteção contra credores, bem como anunciou troca de CFO e emissão bilionária de debêntures. Em quatro pregões, acumulou uma perda de 47%.

- AZUL PN, que não faz parte do Ibovespa, saltou 17,14%, após a Gol informar que a sua holding controladora Abra Group encerrou as discussões sobre uma combinação de negócios entre as companhias. GOL PN avançou 5,31%.

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