Investing.com - Os preços do ouro se elevaram pelo segundo dia nesta terça-feira, com o dólar mais fraco ajudando a inverter as recentes baixas do metal precioso.
O ouro para entrega em dezembro na divisão de Comex da Bolsa de Valores de Nova Iorque ficou em US$ 1.217,50 a onça troy, depois de atingir o nível de US$ 1.220,85.
Na segunda-feira, o ouro avançou 0,82% depois de cair até US$ 1.201,30 na sexta-feira, nível inédito desde 30 de maio.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mercado, estabilizou-se em 101,02, ficando abaixo da máxima de 13 anos e meio de 101,54 atingida na sexta-feira.
Antes de cair na segunda-feira, a moeda americana havia registrado rali em 10 sessões seguidas, sua maior sequência de altas desde maio de 2012.
O ouro é precificado em dólar e torna-se mais atrativo a potenciais compradores em outras moedas quando o dólar cai.
No entanto, os analistas do mercado alertaram que as perspectivas para o ouro continuam nebulosas no curto prazo, dado que o aumento das taxas de juros nos EUA em dezembro agora é quase certo.
De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed, as chances de uma alta nos juros na reunião de 13 e 14 de dezembro do Fed são de 100%.
Os preços do metal amarelo caíram mais de 4% neste mês até agora, em meio ao otimismo de que os maiores gastos fiscais da administração de Trump nos EUA estimularão o crescimento econômico e a inflação, o que, em última instância, levará a um período de maiores taxas de juros.
O ouro é sensível aos movimentos da taxa de juros dos EUA, o que aumenta o custo de oportunidade de se manter ativos sem rendimentos em carteira, como os metais preciosos, ao mesmo tempo em que impulsiona o dólar que o precifica.
Quanto aos demais metais preciosos, os contratos futuros da prata para entrega em dezembro ficou em US$ 16,86 a onça troy, enquanto que os contratos fturos de cobre operava a US$ 2,56 a libra.
Os preços do cobre registraram alta de 16% neste mês até o momento, com base nas expectativas de aumento da demanda na China e uma elevação nos gastos com infraestrutura nos EUA após a eleição de Donald Trump como presidente.
A China e os EUA são os dois maiores consumidores do metal industrial.