RIO DE JANEIRO (Reuters) - O programa de subvenção ao diesel, do governo federal, está sendo positivo para a Petrobras (SA:PETR4), já que a empresa está operando com rentabilidade e ainda aumentou a sua participação no mercado no país, afirmou nesta quinta-feira o diretor de Refino e Gás Natural da petroleira, Jorge Celestino.
O executivo afirmou que as importações de diesel por empresas concorrentes têm se mantido em menos de 10 por cento do total --com a estatal respondendo por quase todas as compras externas.
Nesta conjuntura, ele ressaltou ainda que a utilização do parque de refino da Petrobras segue em patamares relativamente elevados, por volta de 85 por cento.
Em entrevista a jornalistas durante a conferência Rio Oil & Gas, o executivo evitou fazer previsões sobre se as importações da empresa devem crescer ao fim do ano ou sobre o que ele acha que deve acontecer após o fim do programa de subvenção ao diesel, previsto para terminar ao final de 2018.
"Os resultados da subvenção para a Petrobras estão sendo positivos, porque a gente continua operando com rentabilidade nossas operações e aumentou o 'market share' também", afirmou ele após participar do encerramento do congresso no Rio de Janeiro.
O programa de subsídio, contudo, vem sofrendo críticas das empresa privadas. Elas dizem que a subvenção não compensa.
A respeito de investimentos em refino, o executivo afirmou que as conversas com parceiro para concluir as obras da refinaria do Comperj, no Rio, ainda estão acontecendo e que uma finalização do negócio não depende apenas da Petrobras.
A empresa já anunciou no passado que estava em conversações com a chinesa CNPC para concluir o Comperj.
"Estamos estudando as formas de fazer (o acordo para o Comperj). Está avançando, se Deus quiser vamos ver se conseguimos anunciar até o fim do ano", afirmou.
(Por Marta Nogueira)