SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) elevará os preços da gasolina nas refinarias a 2,0527 reais por litro a partir de quinta-feira, em um reajuste que deixa a cotação do combustível ainda mais alta se comparada à do diesel, cujos valores estão congelados desde o início de junho.
O novo preço da gasolina representa avanço de 0,78 por cento ante o praticado nesta quarta-feira e é o maior patamar desde 22 de maio, quando o derivado de petróleo tocou uma máxima de 2,0867 reais por litro dentro da política de reajustes diários da estatal, em vigor há pouco mais de um ano.
Com a oscilação, o preço da gasolina se distancia dos 2,0316 reais por litro do diesel. Nesta quarta, a gasolina já está ligeiramente mais cara, a 2,0369 reais, algo inédito dentro da sistemática de formação de preços da companhia, que considera fatores como câmbio e mercado externo.
O diesel não sofre alterações desde 1º de junho em razão de uma subvenção econômica oferecida pelo governo que evita oscilações maiores.
A disparada do diesel, que chegou a atingir uma máxima de 2,3716 reais por litro em maio, esteve no cerne uma greve histórica de caminhoneiros naquele mês, a qual afetou fortemente diversos setores da economia do país.
A própria subvenção ao preço do diesel foi criada pelo governo na esteira desses protestos.
A Petrobras reitera há meses que não tem poder de formação de preços dos combustíveis, os quais oscilam ao sabor das condições de mercado. Além disso, destaca, inclusive em propagandas comerciais, que sua cotação responde por cerca de um terço do valor final nos postos.
(Por José Roberto Gomes)