Petrobras eleva preço do gás de cozinha em 8,9%; alta já soma 68% desde junho

Publicado 04.12.2017, 19:03
© Reuters. Tanque com o logo da Petrobras em Brasília, no Brasil
LCO
-
PETR4
-

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) elevará os preços do gás de cozinha a distribuidoras em 8,9 por cento a partir de terça-feira, impulsionando para cerca de 68 por cento a alta acumulada desde o início de junho, quando a estatal anunciou uma nova política de preços do produtos com reajustes mais frequentes.

Em nota nesta segunda-feira, a Petrobras explicou que o aumento segue a alta dos preços globais do produto, que acompanharam o petróleo tipo Brent, negociado atualmente perto dos maiores níveis em mais de dois anos, acima de 60 dólares o barril.

"O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanharam a alta do Brent", disse a estatal.

O preço do petróleo Brent, no entanto, subiu pouco mais de 30 por cento no acumulado desde o início de junho, quando passou a vigorar a nova política de gás da Petrobras, que tem tido impacto direto para o bolso dos consumidores.

Na época, a empresa informou que os preços do gás de cozinha são formados pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, acrescida de uma margem de 5 por cento.

Explicou ainda que, por questões de regulação governamental, a fórmula não inclui a necessidade de a empresa manter suas margens em linha com paridade de importação, o que acontece com outros combustíveis, uma vez que o gás é bem de primeira necessidade da população.

A propósito, os reajustes do gás de botijão têm sido fator de alta na composição do índice de inflação, assim como os preços da gasolina, que estão em níveis recordes, junto com as tarifas de energia elétrica.

Pelos cálculos do Sindigás, associação das empresas distribuidoras de gás liquefeito de petróleo, o preço praticado pela Petrobras para as embalagens de até 13 quilos ainda está cerca de 1,3 por cento abaixo do preço de paridade internacional, com o reajuste anunciado nesta segunda-feira.

A Petrobras destacou em nota que reflexos do reajuste para o consumidor vão depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores.

Caso a elevação de 8,9 por cento do preço seja repassada integralmente ao consumidor, a Petrobras calcula que o botijão poderá ser reajustado, em média, em 4 por cento ou cerca de 2,53 reais por botijão, considerando a manutenção das margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

O último reajuste ocorreu há cerca de um mês, quando a Petrobras elevou o botijão de gás 4,5 por cento, que se seguiu a uma alta de 12,90 por cento em outubro.

A alteração anunciada nesta segunda-feira não se aplica ao GLP destinado a uso industrial e comercial, cujo preço foi elevado pela Petrobras no sábado em 5,3 por cento, também devido as cotações internacionais.

© Reuters. Tanque com o logo da Petrobras em Brasília, no Brasil

No acumulado desde o início de julho, o GLP industrial da Petrobras registra aumento de cerca de 36 por cento.

(Por Marta Nogueira e Roberto Samora, com reportagem adicional de Bruno Federowski)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.