Weg amplia atuação em recarga de veículos elétricos e mira Europa
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras iniciou nesta sexta-feira uma concorrência para a contratação do navio plataforma do tipo FPSO P-91, que será a 12ª unidade a ser instalada no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a companhia em comunicado.
Búzios 12 funcionará como um hub para exportação do gás produzido em Búzios, que foi o maior campo produtor de petróleo do Brasil em agosto, com 821,88 mil barris por dia, segundo dados publicados pela agência reguladora ANP nesta semana.
A P-91 atenderá anseios do governo Lula, que busca ampliar a oferta de gás natural ao mercado.
A licitação deverá envolver bilhões de dólares, em um mercado com poucas empresas capazes de assumir tal projeto, segundo uma fonte da Petrobras, que pediu para não ser identificada.
A unidade -- que terá capacidade diária de produção de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás -- será interligada a 16 poços, sendo oito produtores e oito injetores alternados de água e gás.
As empresas interessadas em participar do processo de contratação terão o prazo de 180 dias, a partir da publicação da Solicitação de Envio de Propostas (SEP), para submeterem suas ofertas. A SEP estabelece um percentual mínimo de 25% de conteúdo local.
"Dar a largada na contratação do Búzios 12 justamente no dia do aniversário da Petrobras é simbólico: mostra a força da nossa capacidade de inovação e do trabalho de gerações de profissionais comprometidos com o país", disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em nota.
A Petrobras faz 72 anos nesta sexta-feira.
A contratação se dará pelo modelo BOT (Build-Operate-Transfer, na sigla em inglês), no qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um período inicial definido em contrato. Posteriormente, a operação é transferida para a Petrobras.
Além de contar com sistemas para processar e separar a produção própria, a unidade também será capaz de exportar o gás produzido em outras plataformas do campo que não foram originalmente desenhadas para exportação de gás.
Com isso, a Petrobras garante o aproveitamento do gás de Búzios e a expansão da oferta de gás natural ao mercado brasileiro.
O gás escoado será direcionado ao Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), por meio do gasoduto Rota 3 até a chegada à costa.
O campo, o mais produtivo do país com seis unidades produtoras já instaladas, deve contar com uma sétima plataforma, a P-78, em breve --ela chegou ao campo na terça-feira. A nova instalação tem capacidade de produção de 180 mil barris/dia de óleo.
A Petrobras é operadora de Búzios, com 88,99% de participação, e tem como parceiras as chinesas CNPC (3,67%) e CNOOC (7,34%).
(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)