SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) elevou nesta sexta-feira em 13,03 por cento o preço médio do diesel nas refinarias, para 2,2964 reais por litro, um dia após a agência reguladora ANP publicar os novos valores de referência para a comercialização do produto.
Trata-se do primeiro aumento desde junho, quando os preços do diesel foram congelados a 2,0316 reais por litro como parte da subvenção econômica oferecida pelo governo como parte das medidas tomadas para acabar com os protestos de caminhoneiros que afetaram todo o país.
O novo preço é o maior desde os 2,3351 reais por litro de 23 de maio. Dentro da era de reajustes diários da Petrobras, a máxima foi de 2,3716 reais por litro, em 22 de maio.
Segundo a petroleira, "o valor reflete a média aritmética dos preços do diesel rodoviário, sem tributos, praticados pela Petrobras em suas refinarias e terminais no território brasileiro".
Na véspera, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que os novos preços de referência para a comercialização de diesel, o combustível mais consumido no país, terão alta de mais de 14 por cento, a depender da região.
Já considerando-se o desconto de 30 centavos por litro previsto no programa de subvenção, o preço de comercialização do diesel subirá 14,4 por cento no Centro-Oeste, para 2,4094 reais por litro. No Sudeste, o avanço será de 10,55 por cento, para 2,3277 reais por litro.
No Nordeste, incluindo Tocantins, o valor foi a 2,2592 reais por litro, alta de 12,6 por cento, enquanto no Norte, sem o Tocantins, o aumento é de 12,5 por cento, para 2,2281 reais.
Por fim, no Sul, a ANP relatou alta de 13,1 por cento, para 2,3143 reais por litro no preço de comercialização.
Os reajustes ocorrem diante do aumento nos preços internacionais do diesel e no câmbio. Os preços valem desta sexta-feira até 29 de setembro.
(Por Stéfani Inouye e José Roberto Gomes; Edição de Pedro Fonseca)