RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) reduziu o custo de extração no pré-sal para menos de 7 dólares por barril no primeiro semestre deste ano, cerca de metade do visto há cerca de três anos, devido à alta produtividade da região e também à melhoria da eficiência, disse nesta quinta-feira a diretora de Exploração e Produção da empresa, Solange Guedes.
O custo no pré-sal é inferior à média registrada no custo de extração de toda a produção da empresa, no Brasil e no exterior, que somou 10,8 dólares por barril, afirmou ela, o que dá fôlego para a empresa enfrentar um cenário de preços fracos da commodity.
Em 2016, a empresa informou que o custo de extração no pré-sal era de 8 dólares por barril.
"(Isso) mostra como dentro do conjunto do portfólio (o pré-sal) é muito mais competitivo, e fazemos alocações de investimentos levando em consideração isso", afirmou ela, em coletiva de imprensa sobre os resultados da empresa no segundo trimestre.
O pré-sal tem ganhado cada vez mais importância na produção brasileira. Em junho, a extração de petróleo na região superou o pós-sal, segundo a reguladora ANP.
"No ano de 2014, o custo (no pré-sal) já chegou ao dobro disso, a 14 dólares por barril", ressaltou a diretora.
A executiva disse que, apesar do atraso no início da operação de algumas plataformas, a meta de produção para 2017, de 2,07 milhões de barris de petróleo por dia, está mantida.
ATRASOS EM PLATAFORMAS
Durante a coletiva, a diretora explicou que apenas duas das quatro plataformas previstas para este ano vão de fato entrar em operação, enquanto outras duas ficarão para o ano que vem.
Até o momento, somente uma plataforma nova iniciou produção, que foi a P-66, no campo de Lula Sul, na Bacia de Santos.
A próxima será a plataforma de Teste de Longa Duração (TLD) da promissora área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Anteriormente, ela estava prevista para iniciar a produção em julho, e agora entrará ainda no terceiro trimestre.
A licença ambiental da plataforma já foi concedida e a unidade agora aguarda a conexão do primeiro poço para produção.
Já a P-67, também para o campo de Lula, e a plataforma Cidade de Campos dos Goytacazes, para o campo de Tartaruga Verde e Mestiça, ficaram para 2018. Ela não explicou o motivo do atraso.
(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)