RIO DE JANEIRO (Reuters) - A principal entidade representativa de trabalhadores da indústria de petróleo renovou, nesta terça-feira, sua ameaça de greve a qualquer momento na Petrobras (SA:PETR4), após não ter cumprido recentemente outros alertas de paralisação.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne sindicatos de todo o país, espera manter a Petrobras desprevenida ao cumprir com os requerimentos legais de notificação de greve enquanto adia o início real do movimento até o momento que considerar conveniente, disse uma porta-voz da FUP em entrevista.
Conforme exigido pela lei, a FUP deve informar a Petrobras sobre greves com ao menos 72 horas de antecedência e o sindicato disse à empresa na sexta-feira que está se preparando para iniciar a greve na quarta-feira.
A porta-voz do sindicato disse que planeja apresentar notificações de ameaças de greve diariamente até que a greve se inicie, que a companhia atenda às suas demandas ou que as partes façam um trato sobre um novo acordo coletivo.
A federação, que está negociando um acordo coletivo com a Petrobras, ameaçou entrar em greve por causa dos planos da empresa, altamente endividada, de vender 15,1 bilhões de dólares em ativos até o final de 2016.
Outro motivo para a ameaça de greve é a objeção a um projeto de lei no Congresso que permitiria à Petrobras optar por não investir e operar os novos grandes projetos de exploração de petróleo no polígono do pré-sal.
A Petrobras disse na sexta-feira que apresentaria uma nova proposta ao sindicato na quinta-feira. Representantes da empresa não estavam imediatamente disponíveis para comentários nesta terça-feira.
(Por Jeb Blount)